O Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) derrubou, nesta terça-feira (16), a conta do influenciador Itallo Bruno Nunes e Silva, de 24 anos, suspeito de lavar dinheiro do tráfico com venda de rifas no Instagram, na rede social. O jovem possuia 735 mil seguidores.

Segundo a Polícia Civil do Piauí (PCPI), o jovem utilizava o Instagram para realização de rifas ilegais, além da suspeita de lavagem de dinheiro e a participação em organização criminosa.

Pensando nisso, a Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) solicitou à Central de Inquéritos de Teresina, a desativação da rede social.

“A decisão foi fundamentada na política da rede social que é contra a divulgação de jogos ilegais. A conta ficará suspensa até o final das investigações”, explicou o delegado Humberto Macola.

Durante a operação, no dia 11 de janeiro, a polícia realizou a prisão de Itallo Bruno e mais 10 pessoas, além da apreensão de 21 veículos, entre carros e motos. Veículos de luxo como um carro Porsche, Audi e motocicletas BMW foram apreendidos na ação.

Casa de R$ 1 milhão

O caso Itallo Bruno foi mostrado em reportagem do Fantástico, no domingo (14). O programa mostrou como o influenciador, que fez fortuna ao fazer propostas como obter a casa própria por menos de R$ 1, comprou uma casa de R$ 1 milhão.

A casa no condomínio de luxo, comprada há três meses, foi paga com R$ 400 mil em dinheiro vivo e dois PIX de R$ 300 mil, segundo a polícia.

Conforme a investigação, a suspeita é que o jovem lavava dinheiro para uma organização criminosa enquanto ofertava rifas baratas para prêmios muito caros.

Essa rifa é um jogo de azar, uma contravenção penal. Ela não segue os critérios e padrões para uma rifa que pode ser auditada, que pode ser supervisionada, que você pode comprovar que realmente ela está acontecendo de uma maneira regular”, explicou o delegado Humberto Mácola.

Rápida ascensão financeira

Há cerca de um ano e meio, Itallo atuava como motoboy. Ele começou a ganhar fama com vídeos na internet, como de manobras radicais com motos, e passou a promover a venda dessas rifas.

Os investigadores dizem que, apenas nos últimos seis meses, ele movimentou R$ 5 milhões, gastos principalmente com luxo e ostentação. “Em quase um ano, conseguiu levantar esse patrimônio apenas com rifas de lote de R$ 0,20. Isso é muito estranho”, afirmou o delegado Humberto Mácola.

Com informações do G1