Miquéias da Silva Santana foi preso sob acusação de usurpação de função pública, após se fazer passar não apenas como coordenador do Programa Pacto pela Paz, mas também como uma figura influente no meio político, tentando dar ordens a funcionários públicos.
O incidente que levou à sua prisão ocorreu em São José de Ribamar na última quarta-feira (6), conforme relatado no Termo de Audiência de Custódia.
Segundo o documento, Santana compareceu à delegacia alegando ter sido ameaçado pelo suposto responsável por um crime contra sua irmã. Durante o encontro, ele se identificou como um dos coordenadores do programa Pacto Pela Paz e tentou dar instruções aos servidores da Polícia Civil.
O Termo de Audiência também revela que o indivíduo mencionou o nome do secretário de Segurança do Maranhão e do Delegado Geral da Polícia Civil, buscando “vantagens” e solicitando rapidez na resolução do caso envolvendo sua irmã.
Durante a investigação, a polícia consultou a lista de membros do programa ‘Pacto Pela Paz’ e entrou em contato com o verdadeiro coordenador, Major Ricardo, que identificou Santana como um “impostor” que chegou a afirmar ter sido nomeado pelo governador.
Após sua descoberta, Miquéias foi detido em flagrante no Bairro Cruzeiro, em Ribamar, com o auxílio da Guarda Municipal.
Entretanto, na Audiência de Custódia, o juiz Marcio Aurelio Cutrim Campos determinou sua liberdade sob condições: Santana deve comparecer mensalmente à Central Integrada de Alternativas Penais e Inclusão Social, em São Luís, para informar e justificar suas atividades, além de não poder deixar a Ilha de São Luís sem autorização prévia judicial e comunicação às autoridades.
Nas redes sociais, Miquéias da Silva Santana se apresentava como uma figura influente no meio político, chegando a afirmar, em uma postagem de 2022, ser representante do então secretário de Cultura do Maranhão, Paulo Victor, em um evento ocorrido em São José de Ribamar.
Ele também compartilhava publicações com políticos como Flávio Dino e Duarte Júnior. De acordo com as investigações policiais, o indivíduo simulava conversas telefônicas com autoridades para enganar funcionários e ganhar influência na administração pública.
As investigações preliminares apontaram que Santana se vestia com uma camisa com a inscrição ‘Pacto pela Paz’, contendo símbolos do governo do estado, que ele próprio mandou confeccionar.
A Delegacia Especial de Ribamar informou que Miquéias buscava obter influência nos órgãos de segurança pública do estado, mas enfrentará acusações pelo crime de usurpação de função pública.
Com informações de O Imparcial
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