Uma mulher indígena foi assassinada na tarde desta terça-feira (7) dentro de sua residência na aldeia Castanhal, em Jenipapo dos Vieiras, a 438 km de São Luís.
Deusiana Ventura Guajajara, de 28 anos, foi morta a golpes de faca por volta das 15h30. De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, o principal suspeito do feminicídio é Evaldo Bezerra da Cunha Silva, de 39 anos, companheiro da vítima, que fugiu após o crime.
A delegada Wanda Moura, do Departamento de Feminicídio da Superintendência Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP), informou que o casal vivia um relacionamento marcado por agressões físicas e ameaças de morte.
“A vítima e o companheiro já viviam um relacionamento agressivo, com violências físicas e ameaças. No entanto, ela não havia registrado nenhuma denúncia. Somente após o crime soubemos da gravidade da situação. Evaldo não é indígena e morava na aldeia com Deusiana”, explicou a delegada.
As polícias Civil e Militar seguem em busca do suspeito.
Feminicídio e o ciclo da violência
A delegada Wanda Moura destacou que o feminicídio é o ápice de um ciclo contínuo de violência contra a mulher.
“O feminicídio não é um ato isolado. Ele é o desfecho de uma escalada de violência, que se intensifica com o tempo. Por isso, é essencial que as mulheres e a sociedade denunciem qualquer sinal de relacionamento abusivo o quanto antes, para interromper esse ciclo e salvar vidas”, alertou.
Denúncias de violência podem ser feitas de forma anônima pelos números 180 ou 181.
Alta incidência de feminicídios no início do ano
Com a morte de Deusiana Ventura Guajajara, já são dois casos de feminicídio registrados nos primeiros sete dias de 2025 no Maranhão. A delegada reforçou que o crime de feminicídio tem pena prevista de 20 a 40 anos de prisão e pode ser evitado com a denúncia de outras formas de agressão ao longo de relacionamentos abusivos.
Deixe um comentário