O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no Maranhão, recebeu um filhote de tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), encontrado pelo Corpo de Bombeiros Militar do estado.

No momento do resgate, o animal encontrava-se sozinho em uma área próxima a residências, no município de São José de Ribamar. O acolhimento ocorreu no início de julho, em ação realizada pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em São Luís.

Com quadro de desidratação e hipotermia, o filhote foi encaminhado para o setor de cuidados especiais do Centro, na Neonatologia. A equipe do Instituto adotou o método padrão para o recebimento de neonatos/filhotes, que envolve a estabilização (hidratação e aquecimento) e, posteriormente, o início dos procedimentos alimentares/nutricionais.

Nesse último caso, é feita a adequação da dieta, que envolve o condicionamento do filhote ao cheiro e gosto do leite oferecido – normalmente leite de cabra, devido às suas características químicas, que reduzem desconfortos digestivos, como cólicas e diarreias.

A desmama de filhotes como esse ocorre por volta dos sete meses de vida, considerando que a substituição para a dieta da fase adulta é iniciada aos cinco meses. Após a suspensão da amamentação, os animais jovens são encaminhados para a reabilitação, onde ocorre o treinamento para o retorno à natureza – o que se dá com aproximadamente um ano. Durante esse período, eles são avaliados por meio de estudos comportamentais quanto à capacidade de deslocamento, uso do espaço e, também, de identificar e encontrar alimento no viveiro – além da sua reação à presença humana.

O Cetas do Instituto no Maranhão recebe, anualmente, 1.200 bichos em sistema de fluxo contínuo (recepção, reabilitação e destinação) – em média. Além disso, todos os anos, entre 900 e 1.000 espécimes de animais silvestres são reabilitados e encaminhados para soltura pelo Cetas/MA em áreas protegidas pelo Ibama e instituições parceiras.

Fonte: IBAMA/MA