Um homem, de 58 anos, levou uma cobra jararaca (Bothrops jararaca) à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarujá (SP) após ser mordido na mão direita. Imagens obtidas pelo g1, nesta quinta-feira (22), mostram o paciente sentado segurando o animal, que estava com a boca aberta.

Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que o paciente deu entrada na UPA do Perequê por meios próprios e segurava o animal vivo em uma sacola plástica. O Grupamento de Defesa Ambiental (GDA), da Guarda Civil Municipal (GCM), foi acionado para recolher a cobra.

A vítima relatou aos guardas que, enquanto estava trabalhando percebeu a presença do animal e tentou retirar o réptil do local, momento em que foi mordido.

Como não sabia a espécie da serpente, levou a cobra até a unidade de saúde para que o médico identificasse e aplicasse o soro antiofídico.

O caso ocorreu em 5 de agosto. Na unidade, o paciente foi medicado e posteriormente encaminhado ao Hospital Santo Amaro (HSA). A equipe da GDA recolheu o animal e realizou a soltura no Morro da Barra, próximo à Santa Cruz dos Navegantes.

g1 entrou em contato com o HSA para atualização do estado de saúde do paciente, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Jararaca

Jararaca (Bothrops jararaca) é uma das serpentes mais comuns do sudeste do Brasil — Foto: Butatan/Divulgação

Ao g1, o biólogo Daniel Monteiro Bortone explicou que a cobra é comum na região da Baixada Santista. “Esse grupo das jararacas é o que mais causa acidente no Brasil. Isso por ser [formado por] várias espécies diferentes, que estão distribuídas por todo o país”, ressaltou.

Segundo o profissional, a jararaca é peçonhenta, ou seja, usa o veneno para se defender quando se sente ameaçada. “Tem ação no local da picada. Provoca dor forte, inchaço, hemorragia”, explicou Bortone.

O biólogo afirmou que, em caso de mordidas, o ideal é beber muita água, lavar bem o local com água e sabão e procurar atendimento no pronto-socorro.

“Não se deve fazer cortes em volta da picada, tentar sugar o veneno e muito menos fazer torniquete quando se é picado por serpentes. Tudo isso só piora a condição do acidentado”.

Com informações do G1