Inesquecíveis nomes da cultura junina maranhense não estão mais entre nós, mas os seus legados se perpetuam até hoje em ritmos consagrados, danças e composições musicais que fazem do São João do Maranhão um dos maiores do Nordeste.
Após dois anos sem festança junina, o Governo do Maranhão reuniu grandes personalidades para homenagear, entre eles, Coxinho, Dona Teté e Gigi Moreira.
Pessoas que dedicaram suas vidas a fazer com que a tradição das brincadeiras resistissem a força do tempo.
Zequinha Coxinho, filho mais velho de Bartolomeu dos Santos, conhecido como Coxinho, disse que a maior alegria do pai é ver que a continuação da brincadeira de boi seguir por gerações na família.
“Estive sempre ao lado do meu pai até nos momentos mais difíceis do boi. Aos 18 anos virei cantador oficial por incentivo do meu pai. Meu filho de 13 anos já canta e meu neto de 2 anos também já participa das apresentações”.
Fundador e amo do Boi de Pindaré, Coxinho foi uma das maiores vozes do bumba meu boi no sotaque da Baixada, pelo qual se dedicou por 30 anos.
A autoria mais famosa de Coxinho foi a toada “Novilho Brasileiro (Urrou)”, criada em 1972, e que hoje está reconhecida como o Hino Cultural e Folclórico do Maranhão. Após sua morte, a toada foi oficializada como hino do folclore maranhense.
Como forma de reverenciar a sua obra, todos os anos é realizado no bairro de Fátima, local onde Coxinho passou boa parte da vida, o ‘Tributo ao Mestre Coxinho’. Além do Tributo, é mantido o Instituto Bartolomeu dos Santos Coxinho com quadros, roupas, instrumentos e peças pessoais de Coxinho.
“Eu e meus irmãos não podemos deixar o trabalho do meu pai se perder na história e sim, eternizar para as próximas gerações. Faço muito gosto de tudo ser preservado e enquanto vida que tiver vou levar a todos os cantos o nome do meu pai. Obrigado ao governo que com essa volta histórica do São João vai homenagear Coxinho e tantos outros nomes importantes de nossa cultura”, afirmou Zequinha Coxinho.
Outros homenageados
A primeira dama do cacuriá maranhense, dona Teté, também faz parte dos homenageados.
Em 1986 nasceu o Cacuriá de Dona Teté. Marcado pelas irreverentes canções como Choro de Lera, Jabuti e Jacaré, o cacuriá faz sucesso nacional e internacional com suas apresentações sensuais.
No setor das artes, o homenageado Gigi Moreira não poderia ser esquecido.
O cantor, compositor, poeta e teatrólogo é autor de grandes sambas de escolas e blocos de nossa Ilha, assim como é autor de belas toadas para batalhões de bumba boi. Gigi era presença cativa em festivais de música.
Composições “No rumo do destino” e “Cantiga de viola” concorreram a vários festivais.
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