Representantes de duas entidades de classe ligadas à Polícia Civil do Maranhão – ADEPOL e SINPOL –  estiveram em  Peritoró  agora pela manhã para ver de perto a dura realidade enfrentada pelo delegado Fábio Cordeiro. Ele trabalhava em um prédio alugado, o dono entrou na Justiça contra o Governo do Estado pedindo o pagamento dos aluguéis há 4 anos atrasados e o despejo de quem o ocupava. A decisão saiu esta semana, favorável ao proprietário.
O presidente do SINPOL/MA, Elton Neves, ficou estarrecido.
“Porque aqui é a Polícia Civil, sendo despejada pela Justiça por falta de pagamento…QUANTO TEMPO DE ATRASO? 4 ANOS, segundo recebemos informação, há 4 anos perdura esta situação um prédio que foi alugado em nome de um servidor que emprestou o nome para solucionar de forma esporádica o problema e que acabou se perpetuando”, disse à TV Mirante.

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O atendimento ao público já está suspenso – registro de roubo, furto, estupro, homicídio, nada. Dona Dalva de Andradeveio da zona rural e só queria um documento, não conseguiu.
“Tá prejudicada, tá prejudicada eu que to sem dinheiro esperando essa identidade pra receber o dinheiro e agora desse jeito aí nós não vamos receber mais, o que nós vamos fazer?”, lamentou a lavradora
A SALINHA EMPRESTADA
Por causa da ordem judicial de despejo os documentos da Polícia Civil irão sair do prédio, em questão, e vão para um, na mesma rua, a menos de 50 metros,  que pertence à prefeitura e a também serve de quartel para a Polícia Militar. A documentação vai ficar numa salinha emprestada.
O presidente da Associação dos Delegados, Marconi Chaves Lima,  mediu o espaço, são apenas 8 metros quadrados. Isso quer dizer que o delegado de Peritoró teria que trabalhar numa sala, com móveis e documentos,  só dois metros maior que uma cela à  que tem direito, pela lei, um único preso.
“Acomoda, também de forma inadequada a Polícia Militar, então torna-se inviável não só pela questão do espaço físico em si, mas também pela própria atividade, elas são distintas, tem que cada uma ter sua casa própria, lamentável, estamos aqui vindo e Fomos surpreendidos porque a situação é pior do que nós imaginávamos”, criticou.
SÓ EM CODÓ AGORA
Inviável e ele, Fábio Cordeiro,  já foi orientado a se apresentar ao delegado regional em Codó, Zilmar Santana. É em Codó Dr. Fábio  atenderá cidadãos de Peritoró a partir de agora.
“Então, nesse momento, o cidadão de Peritoró pode procurar a delegacia de Codó. Delegado Zilmar Santana, juntamente comigo, nós vamos tentar resolver os casos que forem mais urgentes nesse momento…PREVISÃO DE QUANTO O SENHOR VOLTA A ATENDER AQUI? Não, esta informação ainda não tenho”.
OBRA SEM FIM
Entre o prédio alvo do despejo e o quartel da salinha emprestada existe a obra que era pra ser a Delegacia de Peritoró. Quase 300 mil destinados (R$ 296.367,40)  e há vários anos nada se conclui por aqui, situação incomcebível na visão do vice-presidente do SINPOL/MA, José Raiol Filho.
 “Essa situação perdura por mais de 3 anos. É inconcebível você destinar um recurso para uma obra que é pra durar 120 dias e no momento ela se encontra ainda depois de 3 anos da mesma forma. Cadê o dinheiro destinado, cadê a empresa que foi destinada também pra fazer esta construção, não existe, chegamos aqui encontramos a placa, não existe data de início nem data de término”, afirmou
Fonte: Blog do Acélio