Um mutirão com ações educativas de prevenção e combate à leishmaniose foi desenvolvido no sábado (12), na comunidade da Vila Maranhão, em São Luís. A sede da Associação Comunitária Itaqui Bacanga (ACIB) serviu como apoio das atividades. A ação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) marcou o encerramento da Semana Nacional de Combate e Controle à Leishmaniose, que faz alusão ao 10 de agosto, data de nascimento do médico Evandro Chagas.

A chefe de Epidemiologia, Monique Maia, chamou atenção para o papel da população no combate à doença e para a complexidade do tratamento.

“O foco da Campanha desse ano está no vetor pois, ao combatê-lo, protege-se tanto a saúde humana quanto a animal. A comunidade precisa entender seu papel nesse contexto, como agente ativo que pode prevenir e mudar o cenário no local. Como o controle das leishmanioses é difícil por ser uma doença complexa, que envolve homem, vetor, reservatório e meio ambiente, nós trabalhamos concomitantemente todos esses eixos”, explicou. 

Foram realizadas orientações sobre a doença para reconhecimento de sinais, sintomas e medidas de prevenção, tanto para o humano quanto para o animal – receptáculos da doença; limpeza e retirada de resíduos da área; coleta de amostras de cães para diagnóstico da Leishmaniose visceral canina; distribuição de brindes para os animais e um laboratório de entomologia para a comunidade identificar o vetor, reconhecendo sua forma e hábitos.

Na ocasião, foi ofertado à população o serviço de vacinação contra Covid-19, Influenza e testagens rápidas de sífilis, HIV e hepatites.

O reforço de ações da Secretaria, como a distribuição dos insumos para tratamento e diagnóstico em humano e cães, de inseticida para realização de borrifação contra o vetor, distribuição de coleiras para o encoleiramento em massa de cães em municípios prioritários, treinamentos para médicos e enfermeiros sobre manejo clínico e o monitoramento de casos e óbitos, além de análise de situação epidemiológica, contribuíram para uma redução de 62,78% entre os anos de 2022 e 2023. 

Leishmaniose

A Leishmaniose, Visceral e Tegumentar, constitui-se num grave problema de saúde pública devido a Leishmaniose Visceral/LV, também conhecida como Calazar, apresentar alta letalidade, principalmente entre as crianças e adultos imunocomprometidos, e a Leishmaniose Tegumentar/LT, mais popularmente conhecida como Ferida Brava, levar a deformidades no ser humano. 

Não há vacina contra as leishmanioses humanas. As medidas mais utilizadas para a prevenção e o combate da doença se baseiam no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde. 

No ano de 2012, a Lei Federal 12.604 instituiu a Semana Nacional de Combate e Controle à Leishmaniose, celebrada anualmente na semana que incluir o dia 10 de agosto.