Nesta terça-feira (21), o Governo do Maranhão promoveu, por meio das secretarias de Estado de Políticas Públicas (Seepp) e da Saúde (SES), o Encontro Anual da Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma). Durante o evento, que contou com a presença dos 100 profissionais que compõem a Fesma e atuam em 12 regiões de saúde e em 48 comunidades quilombolas, foi feita a avaliação da atuação do programa, apresentados os resultados alcançados e os novos projetos que serão inseridos na Força no ano que vem, como a ampliação de atendimento nos territórios quilombolas. 

“É uma inovação institucional, começamos a implementar em 2015 e produziu excelentes resultados, a exemplo da mortalidade infantil. É um trabalho de um conjunto de profissionais, mas também, não há dúvidas, fruto desse esforço de cuidar da infância, cuidar de todas as pessoas que mais precisam com a presença dessa equipe em território antes invisibilizados como, por exemplo, nas comunidades quilombolas. Fiz questão de saudá-los, cumprimentá-los, homenageá-los e garantir, por mais um ano, o funcionamento da Força Estadual. Tenho certeza de que outros governos vão manter essa visão de que o Estado pode e deve apoiar à atenção primária e atenção básica com essas equipes próprias atuando nos municípios, sobretudo, naqueles de mais difícil acesso, onde há maior necessidade social”, disse o governador Flávio Dino.

O secretário de Estado de Políticas Públicas, Marcos Pacheco, fala sobre a atuação da Fesma como um grupamento tático em prol da saúde, nos lugares onde ninguém mais consegue chegar.

“A Força Estadual de Saúde, na realidade, é um grupo tático especial para a saúde, para prestar assistência e, também, dar apoio à gestão municipal. São profissionais treinados, eles passam por um treinamento muito intenso exatamente para trabalhar nas condições mais adversas, nos municípios mais longínquos, mais remotos. A gente costuma dizer que os profissionais da Força vão em lugares aonde ninguém vai. Então, aí a necessidade, porque o Maranhão ainda tem muitos pacientes acamados, em condições de difícil locomoção, esses profissionais fazem essa busca ativa desses pacientes e vão prestar assistência aonde for preciso. Tiveram um papel muito importante durante a pandemia, porque eles levaram, de fato, vacinação em municípios, em comunidades muito remotas”, afirmou Pacheco

Para o médico da Fesma, Samuel Dumont, o trabalho da Força é garantir o acesso à saúde aos menos favorecidos e com menos acesso à atenção primária.

“Nesse evento, a gente está trazendo um pouco do que a gente produziu nesse período. A gente está buscando, cada vez mais, aprimorar o trabalho da Força, que é prestar assistência em saúde às pessoas que têm menos condições, menos acesso a esses serviços, dentro de cada comunidade. A gente iniciou o trabalho da Fesma Quilombola como parte da política de atenção à saúde da população negra, quilombola. É um trabalho que traz um aprimoramento que a gente já tem na atenção primária”, frisou o médico.

Fesma

A Fesma foi criada por meio do Decreto nº 30.616, de 2 de janeiro de 2015, com alteração para o Decreto nº 31.891, de 21 de julho de 2016. A Fesma é uma força-tarefa de atuação nos cenários de maior prioridade na saúde maranhense com foco na diminuição da mortalidade infantil, da mortalidade materna (óbitos relacionados ao parto), das internações por complicações do diabetes e hipertensão, e na identificação e tratamento da hanseníase, com resultado em curto e médio prazo, que se utiliza de técnicas e ações estratégicas, além de gestão diferenciada – com intervenções que visam também a qualificação das equipes de saúde locais (municipais).

Com o surgimento da pandemia do coronavírus, a Fesma tornou-se a equipe tática do Governo que é escalada para todos os municípios, de forma imediata, que precisam de atendimento de urgência, suporte no apoio institucional, digitação, testagem e vacinação contra a Covid-19.

Atendimentos

De 2015 até agora, foram mais de 1 milhão de atendimentos. Em áreas de difícil acesso, comunidades ribeirinhas, aldeias indígenas, quilombolas, por exemplo, foram 239.135 mil doses de vacinas contra Covid-19 aplicadas, em 99 municípios. Em 2021, foi iniciado, também, o atendimento específico em comunidades quilombolas. A Fesma Quilombola possui seis equipes em 12 municípios, abrangendo 48 comunidades. Em 2022 será ampliada para 28 municípios, atendendo 112 comunidades.