O governador Flávio Dino e o secretário das Cidades, Márcio Jerry, inauguraram na noite desta terça-feira (19) mais um empreendimento comercial no centro de São Luís revitalizado por meio da ação Adote um Casarão, do Programa Nosso Centro. 

Flávio Dino inaugurou o empreendimento onde funcionará um escritório popular de arquitetura (Foto: Gilson Teixeira)

No imóvel, localizado na Rua da Ribeirão, nº 140, funcionará um escritório popular composto por profissionais de Arquitetura e Urbanismo chamado de Porta e Janela.

A iniciativa, que faz parte de uma estratégia do Governo do Estado executada pela Secretaria das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), tem a finalidade de fomentar o empreendedorismo e ocupar os imóveis públicos ociosos ou subocupados de propriedade do Estado, com atividades foçadas no desenvolvimento sustentável do Centro Histórico. 

Para o governador Flávio Dino, o local representa o fortalecimento das políticas públicas de justiça social que oportuniza moradia e trabalho dignos a centenas de pessoas. “O que vemos são políticas públicas de arquitetura e urbanismo orientadas pelo interesse de mercado e fazem com que haja um esvaziamento das regiões centrais e afastamento dos serviços públicos e locais de trabalho, gerando problemas urbanos imensos com gastos em trânsito e transporte. Assim, recuperar o centro da cidade é, portanto, tentar combater a tendência errada de organização do espaço urbano”, afirmou o governador. 

A ação identifica, por meio de editais, pessoas físicas ou jurídicas, de direito privado, com ou sem fins lucrativos, que tenham interesse em recuperar e utilizar esses casarões para uso comercial e cultural por 10 anos, renováveis por mais cinco anos.

A exemplo do Porta e Janela, os outros vencedores dos editais do Adote um Casarão investem na recuperação dos imóveis e na oferta de atividades no Centro Histórico de São Luís. 

O arquiteto, idealizador do escritório, Marcelo Durans, comemora a realização de um sonho que fazer arquitetura acessível para o povo. “Nossa proposta é fazer projetos para o povo, quando vimos o edital assumimos a empreitada e hoje provamos que o impossível é só uma palavra, as políticas sociais demonstram isso, com iniciativas como esta que fomentam a política de arquitetura social”. 

O secretário da Secid, Márcio Jerry, ratificou que a utilização do espaço por jovens recém-formados só reforça o talento e garra do jovem maranhense. “O Porta e Janela é um projeto de assessoria e urbanismo popular com a participação de jovens de grande talento. Isso é mais uma grande conquista para o centro da capital”. 

Recém-formada, Jessica Mendonça afirma que o sonho do escritório que era bem distante se tornou realidade. “O governo nos proporcionou realizar o sonho de todo jovem que acaba de sair da faculdade. Ajudar pessoas com o seu conhecimento, dar as pessoas a chance de ter o seu projeto digno de moradia e nós colocarmos em prática todo nosso aprendizado acadêmico”. 

Casarão Porta e Janela

Imóvel está localizado na Rua da Ribeirão, nº 140 (Foto: Gilson Teixeira)

O Casarão Porta e Janela será o 3º casarão do Programa Adote um Casarão a ser entregue ao público. O imóvel possui uma área total de 371.90m² e abrigará um escritório popular composto por profissionais de Arquitetura e Urbanismo com a finalidade de somar com outras áreas de conhecimento.

O escritório trabalha em projetos de construção, reforma e regularização de habitações e equipamentos coletivos para as classes C, D, E e comunidades organizadas, que concentram expressiva parte da população que constrói sem auxílio técnico. Além das demais demandas relativas ao ambiente habitado. 

O local também terá outros espaços abertos ao público como um Coworking para incentivar a troca de experiências e ideias entre os profissionais, estudantes e pesquisadores do ambiente habitado. Uma sala privativa para reuniões e cursos, destinada para fins educacionais profissionalizantes e de conhecimentos sobre a cidade. 

E por fim um café/bar que será um espaço para troca de experiências e atendimento ao público. Estima-se que o espaço terá um fluxo diário de 100 pessoas e um total de 11 empregos pretendidos.