Governadores dos nove estados da Amazônia Legal se reuniram virtualmente, nesta quarta-feira (14), com embaixadores do Reino Unido (Peter Wilson), Alemanha (Heiko Toms), Noruega (Nils Gunneng), União Europeia (Ignacio Ybáñez) e Estados Unidos (Todd Chapman) para discutir como os países do primeiro mundo podem ajudar na preservação da floresta amazônica. A intenção foi apresentar o Plano de Recuperação Verde (PVR) para a região, que tem como objetivo conter o aquecimento global, acabar com o desmatamento ilegal, alavancar o desenvolvimento econômico sustentável e melhorar a qualidade de vida de quilombolas, povos ribeirinhos e indígenas.
Presidente do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, o governador Flávio Dino afirmou que temas transversais, como a segurança climática do mundo, não permitem uma saída puramente nacional e que, para resolver os problemas, parcerias internacionais são necessárias.
“Apresentei uma visão de desenvolvimento sustentável [aos embaixadores] frisando que a questão principal, em nível internacional, não é a obtenção de recursos financeiros apenas, mas sim, sobretudo, saber para onde esses recursos irão, ou seja, quais são as prioridades, valorizando a temática do desmatamento ilegal, que deve ser reduzido sim, porém, vinculando esse objetivo com a temática da geração de emprego e renda para os trinta milhões de brasileiros e brasileiras que moram na Amazônia brasileira”, explicou Dino.
O debate com os diplomatas estrangeiros antecede a reunião de chefes de Estado convocada pelo presidente americano Joe Biden para os dias 22 e 23 de abril, de maneira virtual e intitulada Cúpula do Clima. Segundo Todd Chapman, “chegamos ao momento em que todos nós queríamos por muito tempo e vamos realmente tratar os temas do meio ambiente de uma maneira compreensiva e encontrando novas maneiras de financiar os projetos, e também sabendo que é importante o desenvolvimento social e econômico da zona para que as pessoas na região amazônica cuidem do meio ambiente”, disse.
Para Flávio Dino, a Cúpula do Clima terá como um dos objetivos o amadurecimento de parcerias que envolvem a Amazônia brasileira, onde o Maranhão se insere ao lado dos outros oito estados. É neste contexto que se encaixa o PVR.
“Trata-se de um projeto de economia verde para a Amazônia e para o Brasil. [Na reunião com os embaixadores] houve uma acolhida quanto a esta nossa visão e eu tenho muita expectativa de que, mediante esses fóruns internacionais, haja, de fato, um pagamento justo para nossa população em razão dos serviços ecossistêmicos e ambientais que prestamos em favor da segurança climática de todo o mundo, em favor da segurança climática do Brasil”, completou o governador.
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