Em sua nova etapa, a Força Estadual de Saúde (Fesma) terá uma nova frente de atuação. Além de trabalhar no combate à mortalidade materna e infantil, os 76 profissionais aprovados no seletivo promovido pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh) atuarão nas cidades com maior incidência de hanseníase.
“A filosofia da Fesma é chegar às populações mais pobres, aos municípios mais carentes. Essa é a nossa forma, como Estado, de dizer aos municípios que nós nos preocupamos com eles. A Fesma existe para evitar que a pessoa adoeça e por isso estamos fortalecendo a atenção primária, que é quem diz como se deve reger a saúde. Nós queremos que as pessoas não precisem de hospital. Nós queremos que as pessoas tenham saúde”, comentou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Os profissionais serão divididos em 15 equipes, sendo cinco para São Luís, três para Imperatriz e sete para atuar nas regiões de saúde que atendem aos critérios de maior incidência de hanseníase e maior taxa de mortalidade materna e infantil. No conjunto de atividades do grupo estão: reduzir a mortalidade materna, garantir fluxo de referência às gestantes classificadas com gravidez de risco e apoiar os municípios na alimentação dos sistemas de informação e-SUS e Mãe Maranhense.
“A Fesma vai atuar com nova configuração, ou seja, agora o trabalho será por regional de saúde, nos municípios que estão mais longe de alcançar os indicadores de saúde, principalmente mortalidade infantil e materna. Agora, também com um olhar mais direcionado para hanseníase, no intuito de combater e quem sabe erradicar a doença no estado”, explicou Waldeíse Pereira, secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Segundo a secretaria adjunta, o formato da Fesma mudou com base nas primeiras experiências, que mostraram as maiores demandas da população atendida e também as cidades que demandavam maiores serviços de atenção primária.
O Maranhão é o segundo estado do Brasil com maior número de casos da hanseníase. Com o novo foco, a Fesma vai contribuir para maior detecção, controle e erradicação da doença no estado. Em 2018, 3.165 casos foram notificados no estado e em 2019, foram notificados 2.997 novos casos da doença – uma redução de 3,5%.
“Quando a Fesma iniciou os trabalhos, em 2015, com cinco equipes, tínhamos outro foco. Agora, em 2020, estamos com um novo formato, atuando nas regionais de saúde, o que é muito importante, nos municípios que não avançam em seus indicadores de saúde e com atenção voltada também para a busca ativa da hanseníase, pois percebemos, depois desses anos de trabalho, que essas eram as maiores demandas a serem atendidas”, explicou a coordenadora da Fesma, Cheila Faria.
Ascom
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