Continua repercutindo muito na cidade de Codó, a polêmica entrevista de Ricardo Archer concedida ao radialista Daniel Souza, rádio Eldorado AM, na manhã desta quinta-feira (10). O ex-prefeito atacou duramente Zito Rolim, o chamando de covarde, traiçoeiro, falso, medroso, mentiroso e ladrão.

Perguntado se concorreria a algum cargo nas eleições de 2018, Ricardo Archer falou pela primeira vez publicamente que não vai disputar as eleições deste ano. O ex-prefeito garantiu que está se preparando para candidata-se ao cargo de prefeito de Codó em 2020, quando serão escolhidos os próximos gestores e vereadores dos municípios brasileiros.

“(…) Em primeiro lugar, eu, pessoalmente, não pretendo ser candidato nesta eleição. Pretendo sim me preparar para ser candidato a prefeito de Codó nas eleições de 2020. Não tem condições de eu sair candidato a deputado e candidato a prefeito, é uma fortuna que você vai gastar e não tem condição um negócio desse. E eu acredito que posso ser muito mais útil pra Codó sendo prefeito de Codó, porque eu já tenho experiência, já sei como é que se trabalha, já sei como é que se faz tudo, do que participar de uma luta dessa pra deputado. Eu gostaria muito que Ricardo fosse o meu candidato, Ricardinho, fosse meu candidato a deputado federal. Ainda tem tempo pra ele decidir ainda, até julho vai se definir, depende do povo também correr atrás dele e pedir pra ele que ele seja né (…)”, disse Ricardo Archer.

Ficha Suja

Apesar de afirmar que será candidato a prefeito, Ricardo Archer está impedido pela justiça, pois o ex-prefeito teve suas contas reprovadas nos Tribunais de Contas Estadual e da União, bem como na Câmara de Vereadores. Fato que o impede de disputar qualquer cargo eletivo nos próximos anos, de acordo com a lei da Ficha Limpa.

O julgamento que condenou Ricardo Archer foi finalizado em 2011, portanto, mesmo que quisesse, não pode ser disputar nenhum cargo público até o final de 2025, pois além de ter tido os direitos políticos suspensos por seis anos (esse prazo finalizou no dia 25/10/2017), terá que cumprir mais oito anos de suspensão de acordo com a lei 9.881/2013 (já esse prazo iniciou somente no dia 26/10/2017 e vai finaliza no dia 25/10/2025), totalizando 14 anos de cassação dos direitos políticos.

Em 2011, Ricardo Archer foi condenado por irregularidades na aplicação de verbas federais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério – Fundef e do Programa Nacional de Alimentação Escolar – Pnae, transferidos ao Município de Codó/MA, entre os anos de 2001 e 2004.