O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, instituição ligada ao Departamento de Patrimônio Imaterial do Estado, para as questões relativas ao patrimônio maranhense imaterial decidiu na última quinta-feira (4), por unanimidade, que o Festejo de São José de Ribamar é patrimônio cultural imaterial do estado do Maranhão, por carregar a identidade, a história e a memória vinculada à devoção e fé do povo maranhense.
Toda a história e tradição do festejo, que acontece na cidade balneária de São José de Ribamar, foi apresentada a gestores, consultores, conselheiros, para obtenção do título, que foi solicitado em 2020. ao Governo do Maranhão.
Em dezembro do ano passado, o secretário de Estado da Cultura, Yuri Arruda, em reunião com o Departamento de Patrimônio Imaterial, solicitou urgência nesse processo para culminar na titulação do festejo. “Uma prioridade da minha gestão, em assegurar a proteção e manutenção dos bens culturais que fortalecem a identidade do povo maranhense, principalmente no que diz respeito à sua relação com a religiosidade, com o turismo, a cultura, a economia criativa”, disse o secretário.
A partir dessa aprovação, o Governo do Estado do Maranhão vai criar medidas para assegurar a continuidade, manutenção, e proteção do festejo, dessa prática cultural religiosa, por meio de ações de salva guarda, que são políticas públicas de preservação, promoção e fortalecimento desse festejo.
De acordo com Neto de Azile, presidente do Presidente do Conselho e Diretor de Patrimônio Imaterial, 30 dias depois desse reconhecimento oficializado, deliberado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Imaterial, haverá a cerimônia de titulação, onde o governador do Estado, Carlos Brandão, vai entregar a certificação de patrimônio cultural imaterial ao festejo de São José de Ribamar, e vai, de próprio punho, formalizar essa titulação no livro de registro, livro de títulos de patrimônio.
São José de Ribamar
Segundo o pesquisador Antônio Miranda, as homenagens a São José de Ribamar, padroeiro do Maranhão, se iniciaram ainda no século XVII, quando se registrou a fundação da cidade. “Os primeiros padres chegaram a São José de Ribamar, por volta de 1618, já encontraram as imagens da Sagrada Família já eram veneradas por índios que viviam no lugar”.
O primeiro registro de uma grande romaria só surgiu em 1821. No ano de 2001, as imagens de São José de Ribamar foram levadas para São Luís, a fim de passar por restaurações. Na oportunidade, a comunidade ribamarense, unida aos romeiros e peregrinos, realizou a primeira grande romaria, que mais tarde receberia o nome de “Caminho de São José de Ribamar”.
Com informações do G1
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