João Batista da Costa Sales, conhecido como “Presilha”, era um homem de dualidades profundas. Apesar de seu histórico de envolvimento com drogas e pequenos crimes, ele cultivava uma fé silenciosa e pessoal, que carregava em imagens de santos e de Jesus. Seu nome, uma homenagem ao santo João Batista, refletia uma tradição que ele parecia honrar à sua maneira.

Fotos encontradas no local de sua morte revelam uma devoção que ele expressava através de imagens religiosas, incluindo figuras de Jesus Cristo e santos, guardadas entre os poucos pertences que o acompanhavam em seu abrigo improvisado. Era como se, apesar de seus conflitos e dificuldades, ele buscasse refúgio na espiritualidade, mantendo a esperança de redenção em meio às sombras que o cercavam.

João Batista, santo homônimo e um dos maiores profetas do Cristianismo, foi aquele que, de certa forma, abriu o caminho para a missão de Jesus, pregando a importância da retidão e da virtude. Em Codó, o “Presilha” não carregava apenas um nome; carregava a história de um homem que, à sua maneira, também buscava valores que oscilavam entre a fé e a realidade dura que vivia.

A presença dessas imagens religiosas é um testemunho silencioso de que, mesmo em meio ao vício e à criminalidade, João Batista da Costa Sales mantinha em seu coração a chama de uma fé que parecia não se apagar, um sinal de que, como seu santo homônimo, ele também tentava, talvez inconscientemente, encontrar seu próprio caminho.