Um exame realizado em um cadáver confirmou que o corpo é do jovem Marcelo Machado, de 25 anos, que sofria de esquizofrenia. Neste sábado (30), o corpo permanece no Instituto Médico Legal, em São Luís, e ainda será liberado para sepultamento.
Marcelo ficou desaparecido por um mês após ser visto pela última vez entrando em uma viatura policial, no bairro Pindoba, em Paço do Lumiar, no dia 06 de setembro.
O corpo só foi encontrado em um matagal, no dia 08 de outubro, em São José de Ribamar, município vizinho. Após a confirmação da identidade do cadáver, a polícia investiga as causas da morte do jovem.
Até o momento, os principais suspeitos do crime são o sargento Luís Magno da Silva e o soldado Giovani dos Santos Silva, que já foram afastados das ruas por decisão do Comando Geral da Polícia Militar.
Em depoimento, os dois policiais disseram ter levado o jovem na viatura e depois entregue a supostos conhecidos, mas ninguém confirmou a versão dos PMs.
Ambos já foram indiciados porque abandonaram Marcelo, que estava sob custódia da PM e era incapaz de se defender dos riscos resultantes do abandono, o que é considerado crime militar.
Além deles, outros dois policiais que coordenaram a ocorrência, no centro de operação da polícia (CIOPS), também foram indiciados porque teriam que acompanhar o caso até Marcelo ser levado à delegacia.
“Os policiais militares foram indiciados no inquérito. Nós afastamos os policiais e vamos abrir um conselho de disciplina e de justificação. A Polícia Militar não coaduna com qualquer desvio ou qualquer ocorrência em que o policial militar sai do padrão legal no atendimento de uma ocorrência”, afirmou Pedro Ribeiro, Comandante da Polícia Militar.
O pai de Marcelo, José Dos Santos Machado, disse que o crime que cometeram contra o seu filho foi uma grande barbaridade.
“Depois que os dois policiais pegaram meu filho mais nenhuma pessoa olhou ele. Só olharam nesse dia que pegaram ele e depois disso aí não olharam mais, não olharam mais. Nós vasculhamos aquela área todinha onde foi encontrado e ninguém viu. Depois de um mês foi que encontraram o cadáver do meu filho. Uma barbaridade o que fizeram com meu filho”, disse.
Com informações do G1 Maranhão
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