A modelo Úrsula Perez, conhecida por exibir uma vida luxuosa nas redes sociais como influencer de viagens, perdeu uma ação judicial contra o Banco XP e terá de arcar com uma dívida de mais de R$ 1,3 milhão em faturas de cartão de crédito.

Úrsula, ex-mulher do zagueiro Maicon, do Vasco, alegou que estava viajando pela África em junho de 2022, com o cartão Visa em sua posse, quando despesas realizadas em uma loja de Madrid foram lançadas indevidamente em sua conta.

No entanto, uma perícia conduzida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo revelou que todas as compras contestadas foram realizadas com o cartão físico, equipado com chip e utilizando senha, descartando a possibilidade de fraude eletrônica.

Diante dos fatos, a juíza Ana Carolina Gusmão de Souza Costa, da 5ª Vara Cível, julgou improcedente o pedido de Úrsula para declarar o débito inexistente. Além de pagar a dívida, a modelo foi condenada a arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, o que deve aumentar o valor em mais de R$ 100 mil. Cabe recurso da decisão.

O caso

O processo, iniciado em 2022, foi motivado pelas faturas milionárias recebidas pela modelo, que incluíam gastos de R$ 122 mil em um cassino e mais R$ 428 mil em lojas de luxo como Versace, Cartier, Chanel e Louis Vuitton, no complexo comercial Las Rozas, em Madrid.

À Justiça, Úrsula afirmou que estava em Moçambique e Angola naquele período, retornando a Portugal, onde reside, apenas no dia 27 de junho. Ela também acusou o Banco XP de falha na prestação de serviço por não cancelar as cobranças e solicitou uma indenização de R$ 100 mil por danos morais.

Por outro lado, o banco argumentou que a influencer demorou cinco dias após a primeira compra contestada para registrar a reclamação, apesar de utilizar o serviço de confirmação de gastos. A instituição sugeriu ainda a possibilidade de que Úrsula tenha repassado o cartão e a senha a outra pessoa, que realizou as compras.

A decisão desfavorável à modelo reforça as evidências apresentadas durante o processo. Enquanto isso, a influencer segue tendo a opção de recorrer ao Tribunal para tentar reverter o veredito.