O ex-deputado federal e presidente estadual do PSD, Edilázio Júnior, foi demitido do cargo de assessor especial da presidência da Petrobras, função para a qual havia sido nomeado pelo presidente Lula (PT) em janeiro deste ano.
No cargo, Edilázio Júnior tinha acesso a informações privilegiadas da estatal e participava de reuniões de alto nível. A confirmação de sua demissão foi divulgada pela assessoria da Petrobras, em resposta a um questionamento feito pela revista Veja.
Edilázio Júnior é genro da desembargadora Nelma Sarney, que está sob investigação na “Operação 18 Minutos”.
Operação 18 Minutos
Em 7 de agosto, o ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou o afastamento de desembargadores e juízes do Judiciário maranhense envolvidos em um esquema milionário de manipulação de decisões judiciais. A operação também abrange servidores, advogados e políticos no estado.
De acordo com os investigadores, advogados moviam ações contra o Banco do Nordeste e conseguiam decisões favoráveis dos magistrados, resultando em pagamentos milionários. Em um dos casos, um alvará judicial no valor de R$ 14 milhões foi expedido. No episódio mais recente, em março de 2023, o valor foi de R$ 3,4 milhões. O saque desse montante, após a ordem do juiz, foi realizado em apenas 18 minutos.
As investigações apontam que os valores obtidos nessas decisões judiciais fraudulentas eram posteriormente divididos entre os advogados e os magistrados envolvidos.
Além dos magistrados e servidores do Tribunal de Justiça do Maranhão, a organização criminosa contava com a participação de 14 advogados e políticos.
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