Quem é, afinal, o verdadeiro proprietário do terreno que abriga um tradicional campo de futebol em frente ao Tiro de Guerra, em Codó? Após o ex-candidato a vereador Raimundo Ribeiro declarar publicamente que é o dono da área, um novo personagem surgiu na história: o senhor Cesar Augusto Ribeiro, de 82 anos, que afirma ser o único e legítimo herdeiro da propriedade.
Em vídeo encaminhado com exclusividade ao site Marco Silva Notícias, Cesar Augusto declarou que é filho de Júlio Cesar Ribeiro, irmão de Neide Ribeiro Quadros e cunhado de Nazeu Saldanha Quadros — este último, segundo ele, o primeiro proprietário do terreno.
Professor aposentado, o idoso contou que conseguiu regularizar recentemente a documentação da área e, por questões de saúde, decidiu vender o terreno. “Estou muito espantado com essa comoção, pois estou vendendo aquilo que é meu por direito”, afirmou.

A disputa começou a ganhar repercussão na manhã da última terça-feira (13), quando iniciou uma obra no local, retirando as traves do campo. A movimentação provocou revolta em moradores da região, que utilizam o espaço para lazer e prática esportiva. O prefeito Chiquinho do PT esteve pessoalmente no local, suspendeu os trabalhos e mandou recolocar as traves, em um gesto que dividiu opiniões — parte da população considerou a atitude necessária, enquanto outros enxergaram um ato de cunho midiático.
No mesmo dia, Raimundo Ribeiro apareceu e afirmou ser o verdadeiro dono do terreno. Em entrevista ao jornalista Bernardo Junior, ele disse possuir documentos que comprovariam a posse da área e acusou um cartório de Codó de ter recebido propina para anular sua documentação em favor de um primo que vive há mais de 30 anos em Roraima.
Com o aparecimento do senhor Cesar Augusto, a disputa ganha novos contornos. Ele afirma que sua ligação familiar com o antigo dono é legítima e que, como herdeiro único, regularizou a situação da propriedade de forma legal. Diante da controvérsia, o idoso contratou um advogado e afirmou que irá recorrer à Justiça para garantir seu direito.
Enquanto isso, o caso segue sem uma definição clara, com pelo menos duas pessoas diferentes reivindicando a posse do terreno. A população acompanha com atenção os desdobramentos da polêmica, preocupada com o futuro de um espaço que há anos serve à comunidade.
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