Crítico da gestão do presidente Jair Bolsonaro, o governador Flávio Dino disse que “este é o pior momento da história do Brasil” e que acredita que “os livros de história contarão isso daqui algumas décadas”.

A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (3), durante entrevista coletiva em que anunciou novas medidas restritivas no Maranhão, para conter o avanço da Covid-19.

“Temos, portanto, um quadro excepcional que exige atitudes desde as mais simples, porém imprescindíveis, até às mais complexas. No caso das atitudes simples, porém vitais, sublinho mais uma vez e sempre a urgência de haver uso de máscaras pela população. Isto é um elemento central hoje”, assegurou Dino.

Ele pediu que os maranhenses não acreditem em versões disparatadas, criminosas segundo as quais o uso de máscaras faz mal à saúde.

“Mesmo que sejam altas autoridades a difundir essas falácias: não acreditem. Basta raciocinar em termos bem simples, claros. Por que os médicos e médicas, profissionais de enfermagem, da saúde quando estão nos hospitais trabalham com máscaras? Será que eles estão prejudicando a sua saúde? Eles estão protegendo a sua saúde e a dos pacientes”, disse o governador do Maranhão.

Na coletiva, o governador suspendeu, entre os dias 5 e 14 de março, festas, shows e eventos. Estabelecimentos comerciais na ilha de São Luís só podem abrir a partir das 9h e deverão fechar até às 21h. Serão ampliadas frotas de ônibus administradas pelo Governo do Estado e escolas e universidades da rede pública e privada estão com aulas presenciais suspensas.

O governador garantiu que a fiscalização nos estabelecimentos comerciais será mais rigorosa, será lançado um edital de 1.000 vagas para artistas maranhenses e o serviço público estadual presencial fica suspenso nesse período (exceto os serviços considerados essenciais).