Em 3 de abril, há dois meses, o Maranhão abria o primeiro hospital exclusivo para o combate ao coronavírus no Brasil. Era o HCI, na capital, que continua funcionando até hoje. Desde então, foram mais seis novos hospitais entregues para tratar a doença. E mais cinco começam a funcionar nos próximos dias.
Em 80 dias, serão 12 hospitais entregues pelo Governo do Maranhão para o combate à pandemia.
“Observo os nossos números todos os dias, várias vezes ao dia. Busco sempre as melhores decisões possíveis. Estamos completando 12 hospitais inaugurados em 80 dias, com centenas de novos leitos. Temos ainda uma longa batalha, mas venceremos o coronavírus”, afirmou o governador Flávio Dino.
A conta fica ainda maior se forem incluídos os ambulatórios abertos exclusivamente para pacientes com Covid-19. São cinco entregues pelo Governo do Estado, em São Luís, Imperatriz, Santa Inês, Chapadinha e Pinheiro. Em Bacabal, outro ambulatório foi entregue em parceria com a prefeitura.
Os ambulatórios não são locais para internação, e sim para tratamento de pacientes com sintomas leves, a fim de evitar que eles sejam internados.
Novos hospitais
Os novos hospitais já entregues pelo Estado são o Hospital de Cuidados Intensivos (HCI), Dr. Genésio Rêgo. Dr. Raimundo Lima, hospital de campanha de São Luís, hospital de campanha de Açailândia, hospital de campanha de Santa Inês e a UPA de Paço Lumiar.
A lista do que já foram abertos também incluem o Hospital Real e a Clínica São José, na capital, mas, neste caso, foram alugados.
Os cinco que virão nos próximos dias são o Hospital de Lago da Pedra, o de Santa Luzia do Paruá, o de Viana, o de Pedreiras e do Colinas.
As unidades já entregues fizeram o total de leitos aumentar de 232 para 1.680 em 50 dias. É uma média de 29 novos leitos por dia. Ou mais de um por hora. Esse cálculo não leva em conta as redes municipais ou particulares. Apenas a estadual.
Ocupação
A ampliação dos leitos conseguiu evitar o colapso do atendimento nos hospitais públicos. Mesmo com a crescente curva de novos casos de coronavírus, a oferta não chegou ao limite.
Em São Luís, por exemplo, apenas 26% dos leitos clínicos estão ocupados. Nos de UTI, a ocupação é de 93%, em boa parte porque a capital passou a receber pacientes de outras cidades. Ou seja, a expansão de leitos na Ilha também impactou positivamente outros municípios.
Em Imperatriz, onde a ocupação dos leitos já tinha chegado na casa dos 100%, houve alívio. Dos leitos de UTI, 76% estão ocupados; e dos de enfermaria, 90%.
Nas demais cidade, onde a pandemia também se expande, a ocupação é de 75% nos leitos de UTI e 83% nos clínicos.
Mortalidade
Quanto mais leitos, mais atendimento. Quanto mais atendimento, menos casos graves e menos mortes. Essa lógica tem se refletido na taxa de mortalidade dos casos de coronavírus no Maranhão, que é menos da metade da nacional.
A taxa brasileira é de 5,5% – ou seja, a cada 100 pessoas, cerca de cinco morrem. No Maranhão, a taxa é de 2,5%.
Ascom
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