A família do médico maranhense, Roland Montenegro Costa, de 70 anos, que morreu, no sábado (16), em uma queda de avião em Barcelos, no Amazonas, deve ir para Brasília, para onde o corpo será levado. Segundo o irmão do médico, Laércio Silva Costa, o sentimento é de tristeza em toda a família.
“Está todo mundo desolado. A minha mãe tem 90 anos e a gente já passou por algumas experiências desta natureza com perda de irmão. Ela já perdeu dois filhos em acidente e isso tem impactado bastante. Os últimos anos ele começou a frequentar esse local com constância. Ele tinha amigos, donos da agência, e ele ia e sempre levava amigos”, lamentou, Laércio Silva Costa.
Roland Montenegro viajou até Manaus e depois seguiu para Barcelos, local conhecido pelo ecoturismo e um dos principais destinos de pesca esportiva do país. O avião de pequeno porte caiu na tarde de sábado e, segundo o Governo do Amazonas, 12 vítimas eram passageiros e dois tripulantes. O médico era um dos 12 turistas brasileiros, que estavam a caminho da cidade para pescar no Rio Negro.
Ainda não se sabe as causas da queda do avião. O mau tempo pode ter contribuído para o acidente. Segundo a Defesa Civil, chovia forte no momento da queda. Segundo as primeiras informações, o piloto chegou a pousar, mas não teve pista suficiente para parar a aeronave.
De acordo com Laércio Silva, a família do médico maranhense agora aguarda a liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML) do Amazonas para que Roland possa ser sepultado em Brasília, onde ele vivia.
“A esposa dele já foi de Brasília juntamente com uma sobrinha e já estão lá em Manaus. Alguns colegas nossos lá já estão dando atenção pra que esse trâmite ocorra o mais rápido possível para que a gente possa trazer ele pra Brasília, onde ele vai ser sepultado”, disse o irmão do médico morto.
Roland Montenegro, que é natural da cidade de Viana, na baixada maranhense, se formou pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em 1978.
O médico era cirurgião do aparelho digestivo, considerado pioneiro dos transplantes no Distrito Federal. Médico aposentado do Hospital de Base do Distrito Federal, ainda atendia em consultório particular e operava em alguns hospitais de Brasília.
O acidente
O avião de pequeno porte que levava 14 pessoas caiu em Barcelos, no interior do Amazonas, na tarde de sábado (16). Segundo o Governo do Amazonas, não há sobreviventes.
O avião é um Embraer EMB-110 “Bandeirante” , prefixo PT-SOG, fabricado em 1991, com capacidade de até 18 passageiros, da empresa ManausAerotáxi. Ele decolou de Manaus com destino a Barcelos. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave era “regular”.
Ainda não se sabe quais foram as causas do acidente. O mau tempo da região pode ter contribuído para o acidente. Segundo a Defesa Civil, chovia forte no momento da queda. Duas aeronaves que iriam pousar na pista de Barcelos antes do voo que acidentou cancelaram a aterrissagem por questões de segurança.
O Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Coronel Vinícius Almeida, disse que, embora ainda não se tenha dados conclusivos sobre o que teria acontecido, segundo relatos de moradores, “a aeronave chegou a aterrissar, mas não teve pista suficiente para frear”.
Os corpos dos 14 mortos no acidente foram levados para um ginásio da cidade e estão “devidamente acondicionados”, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Eles serão levados para o IML de Manaus para a realização de perícia. Um avião da FAB seguirá para Barcelos para a realização da perícia neste domingo (17).
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) disse que foi acionada para investigar as causas do acidente. O avião estava carregado com itens de pesca esportiva. Segundo o Governo do Amazonas, das 14 pessoas que morreram – 12 eram turistas brasileiros que estavam a caminho da cidade para pescar no Rio Negro.
A cidade de Barcelos é conhecida pelo ecoturismo e é um dos principais destinos para pesca esportiva no Brasil. Atualmente, a cidade está em alta temporada da atividade, que acontece entre os meses de setembro e fevereiro.
Com informações do G1
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