A informação de que a comitiva de Jair Bolsonaro tentou trazer ilegalmente ao Brasil, enquanto ainda era presidente, joias com diamantes avaliadas em R$ 16,5 milhões para a ex-primeira-dama Michelle compromete os planos de oposição ao governo Lula.
A avaliação é de Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo e da rádio CBN em entrevista ao podcast O Assunto.
“A gente sabe que o Bolsonaro tem um plano de voltar ao poder… Mas a gente também sabe que a família Bolsonaro e o PL vinham acalentando a ideia de usar a Michelle Bolsonaro como um plano B, ou seja, um eventual candidato à Presidência da República em 2026 caso o Bolsonaro não possa se candidatar. E claro que a imagem dela fica muito comprometida com esse caso.”
As joias foram presente do governo da Arábia Saudita em 2021 e iriam para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Pela lei, as joias deveriam ter sido declaradas na alfândega do aeroporto de Guarulhos com uma taxa de 50% do valor.
Mas os itens foram retidos porque estavam na mochila de um assessor do ex-ministro Bento Albuquerque, que comandava a comitiva. Ele tentou passar pela alfândega na fila destinada aos brasileiros que não têm nada a declarar.
O governo Bolsonaro fez pelo menos 8 tentativas de recuperar as joias, acionando inclusive outros ministérios e também a chefia da Receita.
A PF abriu um inquérito nesta segunda (6) para investigar a tentativa de entrar no país com bens ilegais.
Com informações do G1
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