O empresário Xinxa Goes de Siqueira, popularmente conhecido como Xinxa da Cebola, foi preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira (31) em meio a uma série de operações voltadas ao combate ao crime organizado. Xinxa, que já está no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, é apontado como figura central de um esquema criminoso que envolvia agiotagem, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e aluguel ilegal de armas de fogo.

Em uma coletiva de imprensa realizada na Zona Sul do Recife, o Delegado Regional de Polícia Judiciária, Márcio Tenório, ofereceu mais detalhes sobre a prisão de Xinxa, alvo prioritário da Operação Duplo X. De acordo com o delegado, além da prisão do empresário, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em locais relacionados a pessoas próximas ao suspeito, com atividades que se estendiam por Pernambuco, Ceará e São Paulo.

As investigações apontam que o grupo comandado por Xinxa movimentou cerca de R$ 70 milhões nos últimos cinco anos. Durante a operação, a PF identificou uma loja de carros de luxo em Fortaleza, no Ceará, que estaria em nome de um possível cúmplice do grupo, levantando suspeitas sobre a origem dos recursos utilizados para adquirir os veículos.

Além das acusações criminais, Xinxa é registrado como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). A Polícia Federal suspeita que ele estaria utilizando essa permissão para alugar e emprestar armas de fogo ilegalmente. A prisão preventiva foi decretada com base em mensagens que indicam essa prática.

O empresário, que possui mais de 277 mil seguidores em uma rede social, onde exibe sua coleção de carros de luxo e um estilo de vida extravagante, já esteve envolvido em diversas polêmicas. Em um incidente ocorrido próximo ao seu comércio no Ceasa, Xinxa foi vítima de um atentado em que sofreu cinco disparos. Em outro episódio que ganhou repercussão em 2022, ele se envolveu em uma briga no Bar do Cuscuz, em Boa Viagem, cujas imagens circularam amplamente nas redes sociais.

A Polícia Federal continua as investigações para aprofundar o entendimento das atividades ilegais do grupo e identificar outros possíveis envolvidos.

Com informações do Pernambuco Notícias