Se porventura você está em busca de um destino que junta natureza bruta, vento constante e picos variados, o Maranhão pode ser o seu próximo paraíso. São praias selvagens, lagoas cristalinas e vilarejos com clima rústico e vibes roots que fazem do estado um dos melhores lugares do Brasil pro kitesurf.
A seguir, conheça os 5 melhores lugares do Maranhão para o Kitesurf, além de dicas de roupa ideal, épocas boas e trilhas de downwind para quem curte aquele visual cinematográfico.
1. Atins
Localizado na foz do Rio Preguiças, a 252 km de São Luís, Atins é um vilarejo rústico que virou referência global entre os amantes do kitesurf. Ali, o vento sopra constante entre julho e fevereiro, e as condições de velejo são incríveis tanto para iniciantes quanto pros mais avançados.
A praia é extensa, com águas planas e rasas em alguns trechos, ideal para treinar manobras. Ao redor, dá para explorar o visual dos Lençóis Maranhenses — mesmo sem entrar nas lagoas do parque, já que o kitesurf é proibido dentro da área de preservação. Sem dúvidas, é um dos principais pontos turísticos do Maranhão.
A estrutura é boa: tem hospedagens de pé na areia, restaurantes com comida local e guarderias especializadas.
Além disso, rolam downwinds famosos saindo de Atins, como os que vão até Travosa ou Santo Amaro. A comunidade kiteira é forte e tem gente do mundo todo por ali.
2. Tutóia
Tutóia é aquele tipo de lugar que surpreende. Fica pertinho do Delta das Américas e tem um cenário que mistura mar, dunas, lagoas e manguezais. É o ponto de chegada ou de partida de downwinds mais longos, como o Delta – Tutóia ou Tutóia – Arpoador.
As condições são bem favoráveis: vento forte, água flat em alguns picos e várias praias desertas para velejar com liberdade.
A cidade, localizada a 320 km da capital, tem estrutura legal, com pousadas, restaurantes e escolas de kite. A Praia da Barra é o principal ponto de velejo, e os kitesurfistas que curte aventura costumam esticar até as lagoas nos arredores.
Para quem gosta de misturar kite com exploração de natureza, Tutóia é o destino certo. Dá pra encaixar numa rota de vários dias ou usar como base fixa e explorar os arredores.
3. Arpoador
A Vila do Arpoador é uma comunidade de pescadores que fica entre Tutóia e os Pequenos Lençóis Maranhenses. O acesso é um pouco mais limitado, o que faz do local um paraíso mais reservado.
As praias de Arpoador e Praia do Amor têm vento forte, pouca interferência urbana e uma paisagem que combina com a prática do kitesurf. É um dos trechos com melhor vibe no litoral maranhense.
Além das praias, as lagoas da região são um show à parte. Tem downwinds incríveis que ligam Arpoador até Atins ou Caburé, passando por dunas, rios e trechos selvagens.
O ponto negativo é a estrutura mais simples, mas isso também contribui para atmosfera mais roots do local. Se a ideia é velejar em paz, desconectar e curtir o essencial, o Arpoador entrega tudo isso.
4. São Luís
Engana-se quem pensa que a capital maranhense é só história e reggae. São Luís tem uma orla 100% velejável, com praias como Olho d’Água, São Marcos, Araçagy e Calhau funcionando bem para kitesurf durante toda a temporada dos ventos.
O vento sopra forte de julho a fevereiro e a estrutura da cidade facilita tudo: tem escolas, guarderias, lojas, hospedagem e bons restaurantes.
Além do kitesurf urbano, rolam downwinds entre as praias ou saindo da Raposa. Para quem gosta de combinar esporte com agito, São Luís é o ponto ideal. E pra galera mais avançada, vale explorar as marés e ventos específicos para encaixar aquela sessão de manobras técnicas nas ondas ou flat.
5. Santo Amaro
Santo Amaro fica a 235 km de distância da capital e é uma das portas de entrada para os Lençóis Maranhenses e vem ganhando fama entre os kitesurfistas que querem experiências diferentes. A Praia de Travosa é o destaque da região, com boas ondas e muito vento.
Mas o diferencial são as lagoas de água doce onde rolam sessões de kite em meio a um cenário surreal. Como a prática no parque é controlada, é importante seguir as orientações locais.
A estrutura tem melhorado nos últimos anos, com mais pousadas e escolas. A vibe da cidade é mais tranquila, e a distância de São Luís (cerca de 230 km) compensa pela beleza natural do lugar.
Melhor época e roupa certa pra velejar no Maranhão
O Maranhão tem uma das temporadas de vento mais consistentes do Brasil. De julho a fevereiro, os ventos alísios sopram firmes na costa, o que garante ótimas condições para o kitesurf praticamente todos os dias.
Durante esses meses, é possível planejar downwinds longos, treinar manobras ou apenas curtir sessões mais relaxadas nas praias e lagoas.
Sobre a roupa, a pedida é apostar em peças que unam conforto e funcionalidade. A combinação de bermuda surf (boardshort) com lycra surf é perfeita para o clima quente da região.
O boardshort garante mobilidade e secagem rápida, enquanto a lycra protege do sol forte e ajuda a evitar assaduras com o equipamento. Prefira modelos com proteção UV e costuras reforçadas.
Para completar o visual e garantir segurança, vale usar boné ou chapéu com aba longa, óculos com cordinha e protetor solar resistente à água.
Equipamentos ideais para sua sessão de kite
Se a ideia é tirar o máximo proveito dos ventos maranhenses, não dá para vacilar com o equipamento. A prancha certa vai depender da modalidade escolhida: twintip para o freestyle, strapless para quem curte ondas, e hidrofoil para quem quer deslizar mesmo nos dias de vento mais leve.
Já na escolha do kite, modelos híbridos ou delta são indicados para quem busca estabilidade e versatilidade. Vale levar mais de um tamanho, já que a intensidade do vento pode variar ao longo do dia.
Outro item essencial é o trapézio, que precisa estar bem ajustado ao corpo para evitar desconforto durante longas sessões. Leash, bomba, colete e capacete completam o combo. E claro, não esqueça de checar tudo antes de entrar na água. Um kite bem calibrado e equipamentos em dia fazem toda diferença para garantir segurança e performance.
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