O delegado da Polícia Federal, Thiago Selling da Cunha, de 40 anos, foi baleado na cabeça durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em Guarujá, no litoral de São Paulo, nesta terça-feira (15). O estado dele é grave. A ação da PF não tem relação com a Operação Escudo, que soma 16 mortes e está em vigor desde 28 de julho, um dia após o assassinato do PM da Rota Patrick Bastos Reis.
Segundo informações obtidas pelo g1, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em Guarujá, houve uma perseguição na avenida Tancredo Neves, no bairro Cachoeira. Dois suspeitos fugiram em direção a uma casa e atiraram contra os policiais federais.
Um dos tiros atingiu a cabeça do delegado Thiago. Os demais policiais revidaram a ação da dupla e um dos suspeitos foi atingido na perna. Tanto o delegado como o homem suspeito foram levados para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá.
Em nota, a Polícia Federal de São Paulo confirmou que o delegado foi baleado e dois suspeitos foram presos em poder de uma submetralhadora, uma pistola, dinheiro e drogas.
Os dois suspeitos detidos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Federal, em Santos, onde serão autuados por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Eles foram presos e encaminhados para a Delegacia Sede de Guarujá, onde ficaram à disposição da Justiça.
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o delegado foi atingido enquanto cumpria mandados judiciais pela Operação Caeté, que tinha apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) no Guarujá. O objetivo da ação é o combate ao tráfico de armas.
Em nota, o Sindicato dos Policiais Federais em São Paulo (SINPF/SP) repudiou e lamentou o que disse ser um “ataque covarde e criminoso” contra um delegado da PF.
“O SINPF/SP condena veemente o ato criminoso que atentou contra a vida do policial em serviço e afirma que tem como missão estar ao lado de quem sai de sua casa para trabalhar, restabelecer a ordem e garantir a segurança da sociedade”, publicou o sindicato.
Os representantes da categoria, disseram esperar que as autoridades apoiem a investigação do caso para que os responsáveis pela tragédia sejam punidos. “É intolerável que o crime organizado, balizado e patrocinado pelo tráfico internacional de drogas, continue ocupando espaço na Baixada Santista e tirando vidas de inocentes e de policiais, sejam civis, militares ou federais”.
Com informações do G1
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