A educação em Codó enfrenta um colapso. A falta de professores contratados tem deixado centenas de alunos sem aulas, e a razão disso não é apenas burocrática, mas política. Denúncias apontam que um suposto monitoramento de redes sociais estaria barrando a contratação de docentes que tenham qualquer ligação com a oposição ao prefeito Chiquinho do PT.

Critérios políticos acima da necessidade educacional

Relatos afirmam que Agnes Oliveira, esposa do deputado Francisco Nagib, e Junior Oliveira estariam analisando os perfis de professores nas redes sociais para identificar aqueles que, em algum momento, manifestaram apoio ao ex-prefeito Zé Francisco ou ao vereador Pastor Max, ambos críticos da atual administração.

Professores que tenham postado fotos com Zé Francisco ou Pastor Max, ou que tenham feito qualquer crítica à família Oliveira, estariam sendo automaticamente descartados. Esse “filtro político” tem atrasado as contratações e, consequentemente, prejudicado o calendário escolar, deixando alunos sem aulas indefinidamente.

O problema chegou até a Câmara Municipal. Após a sessão da última terça-feira (11), um grupo de vereadores da base governista se reuniu com o presidente da Casa, Roberto Cobel, para expressar sua insatisfação. Eles denunciam que perderam o direito de indicar professores para as vagas, que agora estão sob controle exclusivo de Zito Rolim, a mando do prefeito Chiquinho do PT.

Além disso, os parlamentares acusam a responsável pelas ligações aos professores, Eliete, de não reconhecer a influência dos vereadores nas contratações. Em vez disso, ela estaria informando que as nomeações são decisão exclusiva do prefeito. A situação tem causado tanto desconforto que pelo menos cinco vereadores já ameaçam romper com a base governista.

Enquanto a crise política se intensifica, quem paga o preço são os alunos da rede municipal, que seguem sem aulas e com um ano letivo cada vez mais comprometido.