Crianças e adolescentes foram flagrados por foliões bebendo cerveja no bloco de carnaval “Dona Beijar”, que atraiu milhares de pessoas na manhã desta terça-feira (21), na região da Trizidela, em Codó (MA).

Imagens enviadas ao Marco Silva Notícias mostram pelo menos duas crianças consumindo bebida alcoólica enquanto acompanham o bloco de carnaval. Uma delas segura uma latinha de cerveja e a outra um copo com o mesmo tipo de bebida.

Foliões ouvidos por nossa equipe de reportagem relataram que as cenas se repetiram por todo o percurso do bloco. Eles afirmam que várias crianças e adolescentes foram vistos consumindo bebidas alcoólicas durante o evento.

O que diz o Conselho Tutelar

O Marco Silva Notícias enviou as imagens para o Conselho Tutelar de Codó e pediu uma explicação sobre a situação. A conselheira Tatiana Barros foi quem respondeu nossas mensagens. Ela explicou que o órgão fez uma intensa campanha de conscientização antes do carnaval sobre a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para crianças e adolescentes.

“Nós do Conselho passamos uma semana visitando as rádios e TVs falando disso, pedindo a compressão e apoio da sociedade. Nós visitamos os bares aí próximo do corredor da folia, porque a gente entender que ali é o maior número de concentração, Então, a gente visitou cada um bar daquele. Nós deixamos com o proprietário ou seu representante essas recomendações. Nós participamos da reunião que a Prefeitura fez com os barraqueiros e donos de blocos. Então, todos estavam cientes, mas infelizmente ainda existem adultos praticando esse tipo crime (…)”, disse.

Perguntamos também se o Conselho Tutelar tem feito o trabalho de fiscalização em festas e blocos de carnaval. A conselheira Tatiana foi categórica em afirmar que não é responsabilidade do órgão fazer esse tipo de trabalho nos eventos.

“O Conselho Tutelar não fiscaliza festas, não fiscaliza blocos, o Conselho Tutelar não trabalha com esse tipo de fiscalização (…). Não é nossa responsabilidade, não é nossa atribuição. Quem faz isso é a segurança pública”, explicou.