O Consórcio de Governadores da Amazônia Legal realizou, nesta sexta-feira (16), o lançamento do Plano de Recuperação Verde (PRV). A iniciativa traz diretrizes e ações de proteção à Floresta Amazônica e subsistência das comunidades que ali vivem. O evento aconteceu em Brasília e foi transmitido pelos canais do Youtube do Governo do Maranhão e Consórcio Amazônia Legal. Fazem parte do Consórcio os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
O PRV consiste em uma estratégia de transição para uma economia verde para a região Amazônica que seja compatível com o combate às desigualdades, com a geração de emprego e renda e com o crescimento econômico sustentável. Seus quatro eixos incluem o freio ao desmatamento ilegal, economia verde com produção sustentável, tecnologia verde/capacitação e infraestrutura verde. Cada eixo se desdobra em programas regionais. Ele é uma iniciativa do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, em conjunto com uma gama de parceiros nacionais e internacionais, públicos e privados, organizações da sociedade civil e comunidades locais.
Para o governador do Maranhão e presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, Flávio Dino, “o Plano de Recuperação Verde visa responder a uma pergunta: ‘o problema da Amazônia será resolvido com a polícia apenas?’, em nossa visão, seguramente não. Precisamos de ações de comando, controle, fiscalização e sanções, mas elas não são suficientes para transpor a dimensão daquilo que é emergencial. Nós vamos hoje constituir uma força integrada dos nove Estados de combate ao desmatamento e queimadas ilegais, mas nós não queremos repetir isso todos os anos, porque precisamos fazer com que o consenso nacional e internacional em torno do valor da floresta em pé se traduza em investimentos mais significativos, brasileiros e de outras nações para que os 30 milhões de brasileiros que moram na Amazônia consigam alcançar patamares mais altos de acesso a serviços públicos e direitos”.
Durante o evento, a professora da Universidade de São Paulo, Dra. Laura Carvalho, apresentou o PRV e enfatizou que “é importante contextualizar e entender que a crise causada pela Covid-19 ao redor do mundo tem levado governos e instituições internacionais a debater e formular estratégias de recuperação econômica de curto e longo prazo. (…) No Brasil, a maior fonte de emissão de gases de efeito estufa é o desmatamento da vegetação nativa e, em especial, da floresta amazônica, então não é possível entendermos um plano de recuperação verde para o Brasil sem colocar no centro a questão do desmatamento e da Amazônia. Essa iniciativa é uma combinação entre a ideia de transição para uma economia verde, juntamente aos objetivos de combate a desigualdade, geração de emprego a longo e médio prazo, entendendo o papel central que a Amazônia tem nesse processo”.
A Amazônia Legal brasileira é formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Além de ser um ativo estratégico para o Brasil, a região concentra um dos três maiores acervos ambientais do planeta. Neste sentido, o PRV foi construído dentro da necessidade de promover mudanças capazes de combater o desmatamento ilegal e reduzir a emissão de CO2, incorporando novas tecnologias para a produção de soluções sustentáveis na floresta.
Participaram do evento o governador do Maranhão e Presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, Flávio Dino; o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Diego Rolim; o governador do Amapá, Waldez Góes; o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite; o embaixador do Reino Unido e anfitrião da Conferência do Clima da ONU Cop-26, Peter Wilson; a embaixadora da França, Brigitte Collet; o copresidente do Conselho da Natura, Guilherme Leal; o ministro Encarregado de Negócios da Embaixada da Alemanha, Mark Bogdan; o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Guy de Capdeville; o oficial de Parcerias e Financiamento do Sistema ONU no Brasil, Haroldo Machado Filho; a secretária-executiva do Funbio, Rosa Lemos de Sá e demais autoridades.
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