O Maranhão chega a este domingo de Dia das Mães com novos programas sociais do Governo do Estado para elas, além dos resultados já alcançados desde 2015. Entre as principais novidades, estão o Cheque Gestante e o atendimento da Fesma em São Luís e Imperatriz.

A Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma) já atendia os 30 municípios do Plano Mais IDH, que leva uma série de ações para melhorar a qualidade de vida nas cidades mais carentes do Estado. Já são mais de 850 mil atendimentos.
Os profissionais de saúde vão de porta em porta atender os moradores. Agora, a Fesma chegou a bairros de São Luís e Imperatriz, as duas maiores cidades do Maranhão.
Em janeiro de 2019, foi definida nova forma de atuação de Fesma, com foco direto na diminuição da mortalidade materna e infantil em áreas com maior incidência destes tipos de casos.
A assistente social Maria Helena de Freitas, que integra equipe da Fesma que atua na região da Vila Luizão, em São Luís, diz que “uma das prioridades do Estado hoje é erradicar a morte materna e infantil”.
Na Vila Luizão, uma das pacientes que recebem atendimento da assistente social é Caroline Costa, que está com três meses de gravidez.
A equipe da Fesma ajuda no cadastro da gestante em programas sociais e acompanha todo o pré-natal da Caroline. Mas o acompanhamento da Fesma com gestantes como Caroline não para por aí. A médica Iracema Silvera revela que os profissionais de saúde vão atender Caroline e seu filho no decurso do primeiro ano de vida da criança, que passa a ser foco da Força.
“Enquanto decorre o primeiro ano de vida, que é quando tem mais probabilidade de que acontecimentos possam tirar a saúde da criança, a gente auxilia e orienta a mãe sobre a amamentação e até mesmo planejamento familiar, para que não tenha outro filho em um período indesejado. É um trabalho contínuo”, destaca.
Cheque Gestante

Outra novidade no Maranhão é o Cheque Cesta Básica-Gestante, que estimula as mulheres a fazerem o pré-natal. Será destinado o valor de R$ 900 para cada beneficiada. A estimativa é que 20 mil mulheres com até 12 semanas de gestação tenham direito ao benefício.
São nove parcelas de R$ 100. As seis primeiras serão pagas durante as seis consultas mínimas exigidas do pré-natal. A cada consulta, a gestante recebe R$ 100. Ou seja, se ela não for à consulta, ela não recebe.
Depois, são mais três parcelas: uma no nascimento e mais duas nos primeiras meses da criança.
“A gente vai ter uma qualidade de vida melhor, vai ajudar de várias formas, a comprar mantimentos, por exemplo”, diz a beneficiária Sandra dos Anjos.
“Esse é mais um esforço concentrado do governo para que todas as mulheres do Estado façam o pré-natal. É fundamental que façam pelo menos seis consultas: uma no primeiro trimestre; duas no segundo e três no terceiro”, diz Marcos Pacheco, secretário de Políticas Públicas do Maranhão.
“A gente quer ter uma adesão das mulheres de baixa renda. É um programa que já deu certo em outros países”, acrescenta o secretário de Saúde, Carlos Lula.
A inscrição está sendo feita pelas secretarias municipais de saúde. Para participar, é preciso estar até a 12ª semana de gravidez, ter renda familiar de até um salário mínimo e estar no CadÚnico (cadastro do governo federal para programas sociais).
Caravana Gestante
Mais um programa novo: a Caravana Gestante vai levar atendimento para as grávidas em diversas regiões do Maranhão. São serviços em pediatria, ginecologia, clínica geral, nutrição e atendimentos na Farmácia Viva, entre outros.
A primeira cidade visitada será Santa Inês, no dia 25 deste mês. Depois, vai percorrer outros municípios.
Mais leitos
Nesta semana, também tiveram início as obras para entregar mais dez leitos de UTI Neonatal na Maternidade Benedito Leite. A medida faz parte do pacote do Governo do Estado para reduzir as mortes materno-infantis no Maranhão.
“O trabalho de parto é dinâmico. Às vezes, uma mulher interna com baixo risco, mas acaba se transformando em paciente com intercorrências, e o recém-nascido precisa de um leito de UTI. Os 10 novos leitos vão ajudar muito”, diz o diretor-geral da unidade, Manoel Pimentel.
Além disso, o Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos vai entregar nos próximos dias mais dez leitos da UTI Neonatal. A unidade atende anualmente cerca de 400 crianças de todos os Estados.
Planificação
Nesta semana, também foi anunciado a Planificação da Atenção à Saúde na Região de São João dos Patos. Isso significa a reestruturação da rede de atenção materno-infantil, beneficiando mais de 245 mil pessoas em 15 municípios.
A planificação é uma proposta do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) que já foi adotado no estado nas regiões de Balsas, Caxias e Timon.
Sala Cuidar

Há um mês, o Governo do Maranhão inaugurou em São Luís a Sala Cuidar – Rede de Atenção às Urgências e Emergências Obstétricas. O objetivo também é reduzir a mortalidade materno-infantil no Estado.
A sala oferece suporte técnico durante 24 horas para as unidades de saúde de 60 municípios maranhenses. A ideia é ter um canal permanente para orientar sobre as decisões durante a emergência obstétrica.
Durante a entrega da sala, Suzanne Serruya, diretora da OPAS – braço latino-americano da Organização Mundial de Saúde -, destacou que “daqui vem o grande exemplo. Maranhão não é o estado mais rico do Brasil, mas é o estado que mais mudanças sociais fez nos indicadores nos últimos anos”.
Resultados já alcançados
Desde 2015, as medidas colocadas em prática para as mães já deram resultados significativos. “Nós já tivemos uma redução bastante expressiva no primeiro mandato: no ano de 2018, conseguimos a menor taxa de mortalidade materno infantil da série histórica”, afirmou o governador Flávio Dino.
O Maranhão registrou, de 2013 a 2017, uma queda de 6,78% no número de mortes no primeiro ano de vida.
Houve outras conquistas também: a Regional de Saúde de Balsas atingiu a marca histórica de nenhuma morte materna durante um ano nos municípios que a compõem.
A marca dos 365 dias é consequência, sobretudo, dos investimentos, entre os quais a inauguração do Hospital Regional de Balsas, em setembro de 2017.
Ascom
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