Nos últimos dias, um intenso debate tomou conta das redes sociais e das conversas informais em Codó. A questão em pauta é a apreensão de motocicletas durante o mandato do ex-prefeito e a possível retomada dessa prática, caso um determinado empresário vença as eleições deste ano.

A legislação brasileira estabelece normas rígidas para o trânsito, exigindo, entre outras coisas, habilitação, IPVA e licenciamento para a condução de motocicletas. No entanto, em uma cidade onde uma parte significativa da população enfrenta dificuldades financeiras, essas regras muitas vezes se tornam um fardo pesado para os cidadãos. Muitos codoenses, após anos de sacrifícios, adquirem suas motos para facilitar o dia a dia e sustentar suas famílias.

Diante dessa realidade, a atuação dos governantes deve considerar a situação econômica da população. A apreensão de veículos pertencentes a cidadãos que lutam diariamente para garantir o sustento da família não deve ser uma medida prioritária. Muitos desses motoristas são cuidadosos e responsáveis, frequentemente mais atentos às regras de trânsito do que aqueles que possuem habilitação.

No passado, a gestão do ex-prefeito foi marcada pela apreensão de centenas de motocicletas, que foram enviadas para São Luís e leiloadas a preços irrisórios. Para muitos codoenses, a perda de suas motos representa um trauma duradouro, agravado pelo impacto financeiro e emocional que enfrentaram.

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Com as eleições se aproximando, o temor de que tais medidas possam ser retomadas é uma preocupação crescente entre os moradores. A questão se torna ainda mais relevante considerando a possibilidade de que um determinado empresário possa assumir o cargo de prefeito, trazendo de volta práticas que foram amplamente criticadas.