O candidato a vereador Eduardo Lopes de Sousa, de 53 anos, conhecido como Amado Edu, foi preso no último sábado (21), suspeito de homicídio em São Luís Gonzaga do Maranhão. Ele estava foragido há 15 dias, após ser apontado como o responsável pelo assassinato do lavrador Leandro Silva.

O crime ocorreu no povoado Pedrinhas, zona rural de São Luís Gonzaga, na região do Médio Mearim, onde tanto Amado Edu quanto Leandro residiam.

De acordo com as investigações, a motivação do crime teria sido uma desavença entre o candidato e Leandro, ex-marido da atual companheira de Amado Edu, que não aceitava o fim do relacionamento.

O crime

Testemunhas relataram que, no dia do crime, Leandro, aparentando estar embriagado, foi até a casa de Amado Edu para “tomar satisfações” sobre o relacionamento do candidato com sua ex-mulher. A discussão rapidamente evoluiu para uma briga, momento em que Amado Edu pegou uma espingarda calibre 20 e disparou contra Leandro, que morreu no local. Após o crime, o candidato fugiu.

Minutos depois, moradores, revoltados com o ocorrido, atearam fogo à casa de Amado Edu. Até o momento, ninguém foi preso pelo incêndio criminoso.

Prisão

Amado Edu foi capturado duas semanas após o crime, em um povoado da zona rural de São Luís Gonzaga. Com ele, a polícia apreendeu duas armas de fogo. Após a prisão, ele foi encaminhado ao Presídio Regional de Bacabal, onde permanece à disposição da Justiça.

Situação eleitoral

Apesar da prisão, a Justiça Eleitoral ainda mantém a candidatura de Amado Edu. Caso seja eleito, ele só perderá o mandato se for condenado pelo crime.

Imunidade eleitoral

Desde o dia 21 de setembro, candidatos a prefeito e vereador não podem mais ser presos, exceto em casos de flagrante delito. Essa imunidade eleitoral se estende até o dia 8 de outubro, dois dias após o primeiro turno das eleições. No entanto, a restrição não se aplica em casos de crimes inafiançáveis, como o que envolve Amado Edu.

A regra da Justiça Eleitoral também se aplica aos eleitores a partir de 1º de outubro.