Integrantes da campanha de Bolsonaro podem não admitir publicamente, mas lamentaram o desempenho de Lula no Jornal Nacional. A avaliação de três membros da equipe à coluna foi de que o petista “estava muito bem” e “confortável”. Questionados se avaliam que o desempenho foi melhor que o de Bolsonaro, apenas um deles respondeu com um seco “sim”.

Todos, no entanto, colocaram na conta da condução da entrevista o bom desempenho de Lula e voltaram a repetir o discurso bolsonarista de que a imprensa seria mais dura com o presidente. Também afirmaram que o petista “não apresentou uma proposta”. Avaliaram, no entanto, que Lula estava “bem preparado”, especialmente sobre temas ligados à corrupção, e que atacou mais o presidente do que Bolsonaro o atacou, na segunda-feira, quando esteve no programa.

O que mais irritou a campanha de Bolsonaro no JN foi a fala inicial de William Bonner, relatando que Lula não devia mais nada à Justiça. Os 26 processos abertos contra o ex-presidente em decorrência da operação foram encerrados. Mesmo assim, equipe do presidente tinha a expectativa que Lula fosse questionado sobre as acusações.

O pior momento de Lula, na avaliação da campanha de Bolsonaro, foi sobre temas ligados ao agronegócio, ao dizer que há alguns “facistas” no segmento. O petista defendeu o MST e destacou que o movimento é o maior produtor de arroz orgânico do país, além de dizer que “não é o mesmo de 30 anos atrás”.

A campanha de Bolsonaro avaliava que Lula só iria ao primeiro debate, marcado para este domingo, se fosse bem no JN. A leitura é que ele irá e que Bolsonaro também deve comparecer para confrontá-lo.

Com informações do Blog da Bela Megale (Jornal O Globo)