A Câmara Municipal de Codó decidiu, na última segunda-feira (9), pela cassação do prefeito Zé Francisco (PSDB), com 13 votos favoráveis à destituição. A decisão ocorreu após a apresentação de acusações de nepotismo e irregularidades no Portal da Transparência durante sua gestão.

Entre as principais denúncias, os vereadores destacaram a contratação de familiares pelo então prefeito, incluindo Pedro Neres, seu filho, que atuava como médico em um posto de saúde no bairro Santo Antônio, e Irene Neres, nomeada como Secretária Municipal de Assistência Social. Essas nomeações foram apresentadas como exemplos claros de nepotismo.

Menos de 24 horas após assumir interinamente o cargo de prefeito, o vice-prefeito Camilo Figueiredo tomou uma decisão que chamou atenção: nomeou sua própria mãe para o mesmo cargo de Secretária Municipal de Assistência Social, anteriormente ocupado por Irene Neres. A ação gerou repercussão imediata e levantou questões sobre a coerência das ações que levaram à destituição de Zé Francisco.

A cassação de Zé Francisco foi justificada pelos parlamentares como uma resposta à necessidade de transparência e ética na administração pública. No entanto, a nomeação feita por Camilo Figueiredo levanta questionamentos sobre possível contradição nas práticas adotadas por seu governo de 21 dias. Será que os vereadores terão a mesma postura em relação ao atual prefeito interino?