Após diversas decisões judiciais e reviravoltas no processo que tenta cassar o mandato do prefeito de Codó, José Francisco, a Câmara Municipal convocou uma nova sessão de julgamento para o próximo dia 9 de dezembro de 2024, às 8 horas, no Plenário do Legislativo. O anúncio foi feito através de edital assinado pelo presidente da Câmara, vereador Antonio Luz, que destacou a recomendação da Comissão Processante pela procedência da acusação contra o gestor municipal.

Histórico do caso

No dia 27 de novembro, a presidência da Câmara havia convocado uma sessão com o objetivo de votar o pedido de cassação do prefeito. Contudo, no mesmo dia da reunião, a defesa de Zé Francisco obteve uma liminar da Justiça, suspendendo temporariamente o processo.

Na última terça-feira, 3 de dezembro, a segunda instância do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por meio do desembargador Jamil de Miranda Gedeon Neto, revogou a liminar anterior e determinou a continuidade dos trabalhos da Comissão Processante. Com essa decisão, o caminho foi aberto para que o Legislativo retomasse as deliberações.

Nova sessão e recomendações

De acordo com o edital de convocação, a sessão será realizada com restrição de acesso ao plenário, limitado aos vereadores, ao prefeito denunciado, ao advogado de defesa e a servidores previamente autorizados. No entanto, o evento será transmitido ao vivo pelas redes sociais da Câmara Municipal, garantindo a publicidade exigida por lei.

Interesses políticos obscuros

A tentativa de cassar o mandato do prefeito Zé Francisco a apenas 25 dias do término de sua gestão expõe um cenário de interesses políticos obscuros que ultrapassam as questões administrativas. A articulação, que tem como principais figuras o atual vice-prefeito Camilo Figueiredo e o prefeito eleito Chiquinho FC (PT), parece estar mais direcionada a desmoralizar Zé Francisco e consolidar poder político do que a promover justiça ou proteger o interesse público.

Para a população, esse processo levanta sérias dúvidas sobre a ética de determinados políticos de Codó e o verdadeiro propósito de uma cassação tão tardia. Mais do que uma questão de legalidade, a situação reforça a impressão de que o Legislativo está sendo usado como ferramenta para disputas pessoais e partidárias, em detrimento da estabilidade política e do bem-estar coletivo.