Para reduzir os transtornos e acidentes associados ao intenso período chuvoso registrado no Maranhão, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDECMA), órgão vinculado ao Corpo de Bombeiros Militar (CBMMA), intensificou ações de intervenção e prevenção nas cidades maranhenses mais castigadas pela ação das fortes chuvas.

Bombeiros auxiliam Coordenadorias Municipais de Defesa Civil (Foto: Divulgação)

Além da atuação na Região Metropolitana de São Luís, o Corpo de Bombeiros concentrou esforços em pelo menos dez municípios que sofrem com inundações, deslizamentos de terra e desabamentos.

Alto Alegre do Pindaré, Santo Amaro, Santa Helena, Barreirinhas, Araguanã, Boa Vista do Gurupi, Turilândia e Bacurituba são algumas das cidades em que o CBMMA vem monitorando o índice pluviométrico e deslocando equipes de apoio para amparar possíveis desalojados ou desabrigados.

Em Trizidela do Vale, cidade onde está instalada a 13ª Companhia de Bombeiros Militar (CIBM), militares vêm acompanhando dia a dia a possível ameaça de inundação do Rio Mearim, que afetaria inclusive Pedreiras, município vizinho. A informação é do capitão Lisboa, subchefe da seção de comunicação do CBMMA.

Segundo o capitão Lisboa, quando o nível do Rio Mearim ultrapassa a marca dos 6,60 metros, é sinal de alerta. “A gente enviou uma equipe de pronto-intervenção a Trizidela do Vale para auxiliar a guarnição que nós temos lá. As coordenadorias municipais de Defesa Civil de Trizidela do Vale e Pedreiras têm auxiliado e nos municiado com informações para monitoramento e acionamento de bombeiros militares em caso de necessidade”, explica.

Ainda de acordo com o capitão Lisboa, em Trizidela do Vale e Pedreiras, a 13 ª Companhia de Bombeiros Militar conta com o suporte da Defesa Civil dos municípios e do Tiro de Guerra do Exército Brasileiro para catalogar e avaliar áreas de risco.

Guarnições extras em São Luís 

Bombeiros auxiliam comunidade em zona de risco (Foto: Divulgação)

O subchefe da seção de comunicação do CBMMA também apresentou um balanço das ações dos bombeiros em curso na capital maranhense. Com base em dados emitidos pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemadem), o capitão Lisboa afirma que, no último fim de semana, alguns bairros de São Luís atingiram um acúmulo de 217 mm no índice pluviométrico em apenas 24 horas. Isso equivale à metade das chuvas esperadas para todo o mês de março.

Somente no mês de março, o Corpo de Bombeiros registrou nove desabamentos, 22 deslizamentos de solo e duas inundações na Região Metropolitana de São Luís.

“Nossa Central de Operações foi acionada para mais de 100 ocorrências extras. A gente não está falando daquelas que a gente costuma atender diariamente, como incêndios e atendimentos pré-hospitalares”, destaca.

Apoio emergencial

A média histórica de chuvas no mês de março é de 428 mm. Com o pico pluviométrico, 92 famílias que moram em áreas de risco na Grande Ilha foram cadastradas pelo CBMMA. O capitão Lisboa revela que um dos maiores desafios do Corpo de Bombeiros é retirar essas famílias das áreas de risco.

O militar conta que só no bairro do Sacavém, os bombeiros fizeram a catalogação de 13 famílias que estão precisando de atendimento emergencial. “Conseguimos fazer esse serviço em parceria com a Defensoria Pública para que a gente garantisse os direitos dessas famílias e para que servisse de convencimento para que elas saíssem do local”, detalha.

Ainda de acordo com o capitão Lisboa, nos próximos dias o CBMMA pretende realizar ações de intervenção em outros pontos críticos de São Luís.

Ascom