Após o rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho, que ocorreu no último dia 25 de janeiro, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, juntamente com equipes especializadas de bombeiros de todo o Brasil, trabalha nas buscas pelas vítimas. A tragédia já soma 165 mortos e outros 155 continuam desaparecidos.
Com a lama compactada, os trabalhos de escavação são desenvolvidos por máquinas pesadas como escavadeiras e pás. Equipes de bombeiros dão suporte na extração de corpos e na triagem da lama, objetivando encontrar vestígios que possam indicar os locais com maior probabilidade de concentração de vítimas.
Os cães farejadores continuam sendo empregados com sucesso, pois o odor específico também indica as áreas a serem mais trabalhadas na operação. “Agora a prioridade é concentrar os esforços nesses lugares onde há maior chance de se achar mais corpos”, destacou o major do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, Patrício Penha.
As equipes do Maranhão estão divididas dentro da área quente. O trabalho de localização e acesso a qualquer tipo de estrutura soterrada ou averiguação de algum sinal de vítimas é realizado pelos bombeiros. Nessa etapa, a quantidade de corpos achados tem diminuído cerca de 2 a 3 corpos por dia. Os corpos são encontrados e conduzidos para a identificação.
A maior dificuldade encontrada pelos bombeiros ainda é o deslocamento na grande área coberta pela lama. Em alguns lugares, os rejeitos continuam em consistência pastosa, e em outros já está compactada, o que requer o emprego das grandes máquinas.
Em meio a tanta devastação, o sentimento de carinho dos moradores alimenta os bombeiros e dá força para o andamento da missão. “O convívio com os moradores é o melhor possível, a população demonstra solidariedade e nos contagia com a admiração que tem por nós”, comentou o major Patrício.
Na última semana, mais seis bombeiros do Maranhão foram enviados para compor a Missão Brumadinho. Os trabalhos ficam cada vez mais desgastantes, mas contam com profissionais especialistas em buscas e resgates de vítimas em cenários de grandes desastres.
“Quando cheguei em Brumadinho, vi que o impacto causado pelo rompimento da barragem foi realmente muito grande. O que notamos por aqui é uma integração muito forte entre as pessoas, todos se ajudando e contribuindo em todo tipo de serviço, não importa se é catando lixo, realizando a descontaminação ou lavando as roupas dos outros”, declarou a cabo Brenda Matos, bombeira do Maranhão que incorporou à Missão Brumadinho no último sábado.
“Me sinto honrada em participar dessa missão, fomos enviados até aqui porque as autoridades acreditam no nosso trabalho, sabemos que podemos fazer algo e estamos nos empenhando ao máximo para isso”, completou cabo Brenda.
Ascom
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