Ex-candidato a deputado federal, o codoense Guilherme Oliveira não pode continuar exercendo a advocacia. A proibição foi feita pelo Poder Judiciário após aceitar o pedido do 1º Distrito Policial de Codó.

O delegado Benedito Junior explicou ao Marco Silva Notícias que Guilherme Oliveira foi indiciado pelos crimes de seis apropriações indébitas majoradas, extorsão majorada, falsificação de documento particular, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Após o indiciamento, o delegado solicitou a Justiça a prisão de Guilherme Oliveira e a proibição de continuar advogando. Apenas o segundo pedido foi aceito pela juíza responsável pelo caso.

“A Juíza negou o pedido de prisão preventiva, mas representamos pela suspensão do exercício da advocacia, o que foi deferido. Dessa forma, o indiciado não pode advogar em razão de determinação judicial”, explicou Benedito Junior.

Além do indiciamento, a Polícia Civil também promoveu o sequestro de R$ 123.181,82 em ativos, que teriam sido adquiridos de forma fraudulenta por Guilherme Oliveira e seu escritório de advocacia.

Preso pela Polícia Federal

O advogado Guilherme Oliveira e dois servidores públicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram presos pela Polícia Federal por meio da “Operação Êxodo”, que investiga um grupo suspeito de fraudes previdenciárias.

A operação foi deflagrada na manhã do dia 1º de junho no município de Codó e tinha como alvo a empresa Branco & Oliveira Advogados Associados, que pertence ao advogado Guilherme Oliveira, e dois servidores do INSS, identificados apenas como Ary e Israel Márcio.

De acordo com informações da Polícia Federal, as investigações apontam que centenas de benefícios foram concedidos com indícios de fraude. O prejuízo estimado é de cerca de R$ 18 milhões em valores pagos e previstos para pagamento.

Apesar dos fortes indícios de fraudes contra o INSS apontados pela investigação da PF, o juiz federal Saulo Casali Bahia mandou soltar Guilherme Oliveira um dia após sua prisão.