Em um ano, 1,7 milhão de famílias unipessoais, isto é, compostas por apenas uma pessoa, foram retiradas da lista de beneficiários do Bolsa Família. Essas pessoas estavam recebendo o benefício irregularmente ou integravam uma família maior, mas diziam morar sozinhos. O governo Lula faz, desde o início da sua gestão, uma revisão no Cadastro Único (CadÚnico), base de dados utilizada para o pagamento dos benefícios sociais do governo.
O benefício mudou de nome durante o governo Jair Bolsonaro, quando se chamava Auxílio Brasil, mas voltou ao seu nome original, Bolsa Família, no governo Lula. Além disso, o governo remodelou os critérios para a distribuição do programa. Durante o governo Bolsonaro, o número de famílias unipessoais disparou, indo de 2,2 milhões no final de 2021 para para 5,8 milhões no início de 2023.
A criação de um piso de R$ 600 para o Auxílio Brasil, independentemente do tamanho da família, favoreceu o aumento do número de famílias unipessoais. Antes, não havia um piso e, quanto maior a família, maior o valor do benefício.
A explicação dos especialistas é que, com o piso, houve vantagens para separar famílias, já que haveria um aumento no valor recebido individualmete. E essa separação das famílias, segundo identificou o governo, foi em grande medida artificial, com pessoas morando na mesma casa mas se dizendo famílias separadas.
Não há restrições, no Bolsa Família, a quem mora sozinho. O que não pode é dizer que mora só, mas dividir a casa com o restante da família. Foi isso que o governo Lula atacou.
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