Os foliões que pretendem aproveitar o Carnaval com uma cerveja gelada ou um refrigerante devem se preparar para um possível aumento nos preços. A partir da segunda quinzena de fevereiro, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) será reajustado em três estados do Nordeste: Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. No Maranhão, a alíquota subirá de 22% para 23%, no Piauí passará de 21% para 22,5%, e no Rio Grande do Norte o aumento será de 18% para 20%.
Esse reajuste pode impactar diretamente o preço das bebidas e pesar no bolso dos consumidores. Para evitar surpresas desagradáveis, a recomendação é antecipar as compras.
Impacto nos preços
Fabrício Tonegutti, advogado tributarista e diretor da Mix Fiscal, explica que o aumento da alíquota deve resultar em reajustes nos supermercados, já que a elevação do ICMS afeta a margem de lucro dos comerciantes.
“Se os supermercadistas não repassarem esse custo, acabam reduzindo sua margem de lucro. Para o consumidor final, o impacto será sentido nos preços de produtos não essenciais, como bebidas alcoólicas e perfumaria. Além disso, o aumento do ICMS pode pressionar a inflação nos estados afetados, uma vez que o imposto incide em diversas etapas da cadeia produtiva”, destaca o especialista.
Empresários podem enfrentar dificuldades
Além de afetar o bolso do consumidor, o aumento do ICMS pode prejudicar a rentabilidade dos comerciantes, que precisarão equilibrar preços competitivos com os novos custos tributários. Segundo Tonegutti, nem todas as empresas conseguem repassar integralmente o aumento ao consumidor, o que pode levar a dificuldades financeiras.
“Quando um estado aumenta sua alíquota, os varejistas enfrentam dificuldades para repassar os custos em um mercado já competitivo. A elevação de 18% para 20% no Rio Grande do Norte, por exemplo, pode parecer pequena, mas representa um aumento de mais de 10% na carga tributária que a empresa já estava acostumada a recolher. Para negócios com margens apertadas, isso pode significar sufoco financeiro”, explica.
Diante desse cenário, supermercados e varejistas terão que adotar estratégias para minimizar os impactos, já que o repasse integral do aumento pode ser inviável. Além disso, a mudança na alíquota aumenta a complexidade tributária, exigindo ajustes nos sistemas fiscais e contábeis das empresas.
Com a proximidade do Carnaval, os consumidores devem ficar atentos e, se possível, antecipar suas compras para evitar pagar mais caro durante o feriado.
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