Um bebê de apenas três meses de idade morreu asfixiado após dormir de bruços em uma residência localizada no Residencial São Pedro, em Codó (MA). O Samu foi acionado na manhã deste sabádo (30) e um médico constatou a morte.

De acordo com informações apuradas pelo Marco Silva Notícias, o bebê do sexo feminino foi colocado para dormir em um berço e teria ficado de bruços ao se virar durante a madrugada. Pela manhã os familiares encontraram a criança sem vida e acionaram o atendimento do SAMU. A equipe esteve no local e constatou a morte por asfixia.

“Ligaram umas 3 vezes, só que, a pessoa (um homem, provavelmente o pai da criança) só chorava e não falava nada, na quarta vez que ligaram a Lili pediu pra falar com outra pessoa que estava na casa, até que a pessoa informou que era uma criança de 3 meses do sexo feminino, segundo informações a mesma já estava em óbito. O médico regulador mandou a USA, e foi solicitado o apoio da PM, a mesma foi até o local junto com a equipe. Segundo a equipe médica a criança já estava com rigidez cadavérica, asianotica, em posição dorsal, segundo os familiares ela foi encontrada em posição de prona, provavelmente morreu na madrugada”, informou um técnico do SAMU.

A Polícia Militar informou que o bebê é de família humilde e recentemente estava sofrendo maus-tratos por parte de sua mãe, que é usuária de drogas e alcoólatra. O Conselho Tutelar havia dado a guarda da menina para a avó, que está desempregada e pediu para a tia cuidar.

“Tava sendo bem tratada, tava bem gordinha, diferente de quando tava com a mãe dela. A tia tava cuidando bem da menina”, relatou um policial militar.

Alerta para a síndrome da morte súbita infantil

Por Drauzio Varella – Poucas causas de morte são tão misteriosas e traumáticas para as famílias, quanto as que acontecem durante o sono de bebês aparentemente saudáveis.

Também chamada de síndrome da morte súbita do lactente, ela é definida como o óbito inesperado de um bebê no qual a autópsia não consegue apontar a causa.

Não está claro se a morte ocorre durante o sono ou nos períodos de transição entre sono e vigília, que se sucedem durante a noite. O que se sabe é que o pico de incidência está entre 2 e 4 meses de idade, que é mais comum em meninos, que colocar a criança para dormir de barriga para baixo (em pronação) aumenta sobremaneira o risco e que a ocorrência depois dos 6 meses de idade é rara.

Bebês excessivamente agasalhados, que dormem em quartos muito aquecidos, correm perigo maior quando colocados com a face para baixo, porque a face é uma fonte importante de eliminação do calor nas crianças. Nesses casos, supõe-se que o estresse causado pelo aumento de temperatura leva à diminuição da frequência cardíaca e à inibição letal do centro respiratório.

Estão associadas com a síndrome algumas características genéticas envolvidas no controle involuntário (autonômico) das funções cardíacas e respiratórias, no equilíbrio energético e na resposta às infecções.

Bebês submetidos a condições como pobreza, exposição ao fumo, álcool e drogas ilícitas na vida intrauterina, ou à fumaça do cigarro depois do nascimento, são especialmente propensos.

A síndrome envolve uma convergência de fatores que resultam em asfixia dos bebês vulneráveis, portadores de sistemas cardiorrespiratórios e mecanismos de despertar imaturos e ainda mal integrados.

Para a prevenção devem ser adotadas as seguintes medidas:

1) Evitar que o bebê durma de barriga para baixo ou de lado, dar preferência à posição supina;

2) Não agasalhar excessivamente e manter o quarto ao redor de 22º C;

3) Não usar colchões e travesseiros muito macios;

4) Dormir no mesmo quarto, mas sem compartilhar o leito com a criança;

5) Não tomar bebidas alcoólicas nem fumar durante a gravidez;

6) Jamais expor o bebê à fumaça de cigarro.