Durante toda a madrugada, os criminosos tentaram fazer transferências bancárias por meio do celular da vítima e obrigaram o vereador a procurar pessoas do seu convívio para pedir dinheiro.
“O vereador contou que esteve o tempo todo sob pressão, sendo agredido e indagado sobre a localização de dinheiro, cofre, informações adicionais sobre recursos que eles poderiam extrair da casa. De lá arrebataram a vítima para um local bastante distante da sua residência. Nesse local ele foi obrigado a realizar transferências bancárias, via aplicativo de celular, ele foi obrigado a instar (pedir com insistência) pessoas de seu relacionamento a fazerem transferências… Durante esse período, em que ele estava em cativeiro, contas foram fornecidas para que ele fizesse depósito e transferências, e isso tudo está sendo alvo de investigação”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com Augusto Barros, o vereador mora sozinho e seu desaparecimento só foi percebido pela manhã, quando uma funcionária da casa chegou para trabalhar e viu que a residência estava aberta e vazia, além disso, os móveis estavam revirados e o vereador não atendia ao celular. Diante disso, a mulher acionou as pessoas ligadas ao vereador, e um dos seus assessores comunicaram o sumiço de Marcos à polícia.
Porém, enquanto a polícia verificava o desaparecimento de Marcos, o vereador conseguiu chegar em casa por volta das 9h, após ter sido liberado pelos criminosos próximo a uma área de mata.
“Ele foi deixado próximo a uma área de mata e foi determinado a ele que ele avançasse mata a dentro, para que não recebesse um tiro pelas costas, assim ele fez, avançou um pouco e aguardou algum período, desvencilhou-se das amarras que tinha em suas mãos e do capuz que estava em sua cabeça e andou até a estrada, onde foi socorrido por terceirizados de uma empresa, que passavam na região onde ele foi encontrado. A gente não está dando muita informação sobre esse local onde ele foi encontrado, porque temos diligências em andamento, que podem ser prejudicadas por essa divulgação nesse momento”, destacou o delegado.
O parlamentar chegou em casa ferido e abalado e, em seguida, foi à sede da Seic, para prestar depoimento e fazer exame de corpo de delito.
Ainda de acordo com o delegado Augusto Barros, um fato que chama a atenção é que os criminosos não arrombaram a porta de entrada da casa, apenas a do quarto do vereador. Além disso, o parlamentar foi levado em um carro que já estava em posse dos assaltantes e tudo indica ser um veículo roubado.
As investigações apontam que a casa tem sistema de videomonitoramento, porém os criminosos levaram as imagens, para não serem identificados.
O caso segue sendo investigado pela Seic e ainda não há informações sobre a autoria do crime.
Com informações do G1
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