A Azul Linhas Aéreas anunciou que irá suspender operações em 12 cidades brasileiras a partir de 10 de março de 2025. A decisão, segundo a companhia, está relacionada ao aumento nos custos operacionais da aviação e à necessidade de ajustes na oferta e demanda.

Em nota enviada ao g1 nesta sexta-feira (24), a Azul destacou que “as mudanças fazem parte do planejamento operacional, e os clientes impactados estão sendo comunicados previamente, recebendo toda a assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”.

Cidades afetadas

Os municípios que terão os voos suspensos, listados em ordem alfabética, são:

  • Barreirinhas (MA)
  • Cabo Frio (RJ)
  • Campos (RJ)
  • Correia Pinto (SC)
  • Cratéus (CE)
  • Iguatú (CE)
  • Mossoró (RN)
  • Parnaíba (PI)
  • Rio Verde (GO)
  • São Benedito (CE)
  • São Raimundo Nonato (PI)
  • Sobral (CE)

Outras mudanças operacionais

A Azul também anunciou alterações em outras rotas:

  • Fernando de Noronha (PE): a partir de 3 de março, os voos para o arquipélago serão operados exclusivamente saindo de Recife (PE).
  • Juazeiro do Norte (CE): a partir de 10 de março, os voos terão como destino o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), principal hub da Azul.
  • Caruaru (PE): devido à baixa ocupação, as operações passarão a ser realizadas com aeronaves Cessna Grand Caravan, que possuem capacidade para nove passageiros.

A empresa justificou as mudanças citando a crise global na cadeia de suprimentos, a alta do dólar e a necessidade de ajustes na disponibilidade da frota. A Azul também reiterou que avalia constantemente suas operações como parte de um processo normal de adequação à demanda.

Impacto no Aeroporto de Viracopos

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, informou que não será impactado pelas mudanças, já que a suspensão de voos não inclui rotas com origem ou destino em Campinas.

Possível fusão entre Azul e Gol

O anúncio das mudanças ocorre uma semana após a divulgação de um possível acordo de fusão entre a Azul e a Gol. O grupo Abra, controlador da Gol e da Avianca, assinou um memorando de entendimento com a Azul para explorar a viabilidade da união dos negócios no Brasil.

Apesar das negociações, ambas as companhias afirmaram que, caso a fusão se concretize, as marcas e operações das empresas continuarão independentes. “O acordo não tem impacto na estratégia, na condução dos negócios ou nas operações rotineiras da Gol”, destacou o comunicado oficial.