Eliene Brito do Nascimento, que já completa quase um mês internada no Hospital Geral Municipal (HGM) de Codó e aguarda uma cirurgia para remoção de uma hérnia abdominal, voltou a denunciar o que descreve como maus-tratos e negligência por parte da equipe de saúde. Em novo depoimento, gravado neste domingo (23), a paciente confirmou a deterioração de seu quadro clínico e a falta de atendimento adequado.
Segundo Eliene, que já perdeu 28 quilos e enfrenta complicações devido à má circulação – com feridas graves nos pés –, o tratamento tem sido insuficiente e marcado pelo descaso. “Eu estou dentro do HGM, sentindo na pele. Tô com febre desde ontem e vinheram me da o remédio hoje. Passei a noite com febre sentada na cama sem ter nenhum atendimento médico. Só enfermeiro lhe olhava pra mim e pronto. Pedi pra medir e não mediram nada. Aqui se for pra morrer, morre”, relatou a paciente, que aguarda ainda a avaliação do cardiologista para autorizar a tão esperada cirurgia.
Enquanto Eliene reforça as denúncias de abandono e maus-tratos – que incluem relatos anteriores de comportamento desrespeitoso por parte de um novo médico, além de atitudes grosseiras de algumas cozinheiras e enfermeiras – alguns funcionários do HGM afirmam que a paciente estaria recebendo os cuidados necessários e que as críticas seriam infundadas.
A família de Eliene, desesperada com a deterioração da saúde da paciente, tem feito apelos urgentes para que o hospital ofereça as condições necessárias para a realização da cirurgia e um tratamento digno. “Não posso continuar assim, preciso de cuidados adequados para a minha mãe. Ela é a nossa única fonte de apoio e não pode ser deixada de lado”, desabafou um parente, que preferiu não se identificar.
Até o momento, a direção do HGM não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias e o áudio divulgado.
Pode se acostumar porque essa é a saúde de morte que o Chiquinho prometeu.