A eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA), realizada na última quarta-feira (13), marcou um episódio histórico com um empate de 21 votos a 21, decidido pelo critério de idade. A deputada Iracema Vale (PSB) foi reeleita, frustrando uma articulação considerada como um golpe arquitetado por “forças ocultas”.
Apesar da vitória, o processo deixou marcas de divisão no Legislativo estadual. Segundo fontes próximas à ALEMA, não está nos planos da presidência iniciar uma “caça às bruxas” contra parlamentares que apoiaram o deputado Othelino Neto (PCdoB), adversário direto de Iracema Vale. O objetivo do comando da Casa é promover a unificação da base governista, embora a situação exija ajustes estratégicos.
Traições e oposição consolidada
No cenário pós-eleição, Iracema Vale identificou cinco deputados que, segundo ela, traíram o governo de Carlos Brandão: Júlio Mendonça, Rodrigo Lago, Leandro Bello, Francisco Nagib e Carlos Lula. Esses parlamentares votaram em Othelino Neto, contrariando as expectativas da base aliada.
Além disso, Othelino Neto e Fernando Braide já eram previamente considerados opositores, devido à postura crítica e aos votos contrários às pautas do governo na Assembleia.
O papel do “centrão”
Outro elemento central do embate foi o grupo de 14 deputados que, sob a proteção do voto secreto, evitaram se posicionar abertamente. Este grupo, apelidado de “centrão”, atua conforme suas conveniências e pode ser decisivo em futuras discussões legislativas.
A presidência da ALEMA, no entanto, não pretende afastar o “centrão” dos debates. Pelo contrário, busca mantê-los engajados para garantir a governabilidade e evitar maiores fragmentações no Legislativo estadual.
A eleição de Iracema Vale, marcada por sua simbologia e tensão, aponta para um futuro de desafios e ajustes internos na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Com informações do Blog do Domingos Costa
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