O governador Flávio Dino defendeu eleições diretas para a Presidência da República, caso o presidente Michel Temer seja cassado ou renuncie ao mandato.
“Situação institucional muito grave. País pode ficar ingovernável, como disse à tarde. Decisivo o diálogo entre lideranças e o papel do STF. Sem dúvida, a saída mais adequada ao país: eleições diretas. Só há como viabilizar com as ruas e com juízo de constitucionalidade do STF”, afirmou Dino.
Segundo reportagem do jornal O Globo, o presidente Michel Temer deu aval para que repasses de dinheiro fossem feitos para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Um ex-assessor de Temer, o atual deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), aparece em imagens gravadas pela Polícia Federal recebendo uma mala com 500.000 reais.
O governador disse ainda que a “saída depende de convergência entre poder constituinte originário (povo), constituinte derivado (Congresso) e Tribunal Constitucional (STF)”.
Com a divulgação de notícias de que o empresário Joesly Batista, dono da JBS, gravou o presidente Temer dando aval para “compra de silêncio” de Cunha, partidos da oposição a Temer no Congresso Nacional intensificaram a cobrança pela votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê eleições diretas para a Presidência da República. A PEC está parada na CCJ da Câmara desde 1.º de junho de 2016.
A proposta estabelece que, caso o cargo de presidente fique vago antes de seis meses para o fim do mandato, o novo presidente da República deverá ser escolhido por meio de eleições diretas, ou seja pelo voto da população. Hoje, a partir do terceiro ano do mandato, o novo presidente tem de ser escolhido por eleições indiretas, quando só deputados e senadores votam.
Fonte: John Cutrim
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