Apesar de parte da imprensa codoense ter divulgado que se tratava de um suicídio, o caso da técnica de enfermagem Renata C. Santos Borges, encontrada morta na manhã desta terça-feira (29) no Hospital Regional de Timbiras (HRT) não tem nada a ver com o que foi noticiado.
Amigos da profissional da saúde confirmaram ao jornalista Arnaldo Web, de Timbiras, que ela teria sido vítima de overdose de medicamentos. A técnica de enfermagem usou os remédios sedativos para dormir em uma dose acima do que é recomendado pelos médicos. Por esse motivo, ela teria morrido e não cometido suicídio.
“Eu estava de plantão com nossa amiga Renata. Ela trabalhava no Centro Cirúrgico comigo e nós estávamos de plantão ontem a noite. Umas 10h da noite ela estava descansando com a gente e o plantão tava tranquilo. Depois da meia-noite ela foi procurar outro local para descansar e não vi mais ela. Pela manhã outra colega levantou primeiro que eu e quando foi andar nas salas se deparou com ela caída lá. Ninguém aqui acredita em suicídio. Eu imagino que a colega estava induzindo o sono. Tentou tomar a medicação em uma dose alta, medicação errada, dose alta. O que ela queria era dormir, relaxar, correria muito grande, trabalha aqui e em Codó, tava fazendo faculdade, já tava no estágio, é mãe. Então é muito corrido a vida dela”, disse um companheiro de trabalho.
“Ela nunca quis se matar, ela não tinha depressão. Ela não tinha intenção de se matar, é porque a dose foi grande. Ela tomava um medicamento pra dormir devido a essa vida corrida dela, de trabalhar em dois hospitais e de faculdade. Então, ela não tinha intenção de se matar, ela amava a vida e tinha quatro filhos”, relatou uma outra colega.
Os amigos também informaram que Renata apresentava está muito feliz, pois estava concluindo o curso de enfermagem e o grande sonho de se formar estava cada vez mais próximo. A codoense era mãe solteira e deixou quatro lindos filhos.
Aos familiares e amigos, nossos sinceros sentimentos e a certeza de que Deus dará forças para superar esse momento difícil.
Lição a imprensa
Todos os meus colegas que divulgaram o caso como sendo de suicídio foram duramente criticados nas redes sociais. Todo jornalista sabe que os suicídios são casos à parte e diferenciados. Existe um certo tipo de convenção profissional extraoficial (quase como um código que ninguém fala sobre, mas que todos sabem que existe) que determina: suicídios não devem ser noticiados (salvo em casos de personalidades famosas).
De acordo com o site Observatório da Imprensa, o suicídio é posto à margem da ação jornalística por se tratar de um ato extremamente íntimo e individual. Se os suicídios começassem a ser notícia, a imprensa teria que começar a investigar a vida do falecido e expor sua vida íntima. Algo como “Ele se matou porque foi traído pela esposa”, ou “Ela tirou a própria vida por estar muito endividada”, coisa que não seria nada legal para a imagem do falecido e da família.
Mas um outro motivo, e o principal, é que a publicação massiva de notícias de suicídio (pasme) impulsiona aqueles que já possuem predisposição. Quando alguém está deprimido e começa a ver outros casos de suicídio, o mesmo passa a ter mais coragem de realizar o triste ato de dar cabo da própria existência.
Além de também estabelecer um clima de caos, noticiar suicídios frequentemente poderia até desestabilizar a sociedade! Então imagine: a mídia já colabora o exagero e a superexposição de tudo o que acontece de ruim. Os suicídios seriam a gota d’água para começar o apocalipse!
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, no ano 2000, o documento “Preventing suicide: A resource for media professionals”, um guia para abordar o assunto em todo o mundo. Então peço que meus colegas leiam esse manual que traz informações importantes sobre esse tema.
Triste pelo ocorrido.
Sua colocação sobre suicídio foi perfeita, tá de parabéns.
Renata nunca vo esquecer de vc quando tentei desistir vc falava q se agente comecou juntos vamos terminar juntos menino. Essa era suas palavras nunca deixou eu desistir obrigado pelo apoio renata agradeco muito mesmo meu coracao esta triste chorando muito mesmo de tristeza vo senpre lenbra de seu sorriso de sua alegria do seu apoio quando eu gagueijava ao apresenta um trabalho i eu olhava pra vc i vc mi apoiava vc consegui meu amigo continui
Obrigado. Obrigado i obrigado a nao mi deixar desistir.
Fico triste pelo ocorrido com Renata. Mas trataste de forma correta e Profissional sobre o caso e sobre o suicídio em si.
Eu não sei o que ouve não tô julgando. Mas tem muitos profissionais que tomar medicações controlada por ser já viciado. Anfetaminas e outros.
E muito triste ver acontecer isso com uma colega nossa de profissão,sei bem o que é isso minha história é parecida com a dela,sei muito bem o que essa correria,a luta diária que temos,peço a Deus que ampare toda a família