Em meio ao avanço das empresas rumo à transformação digital, segurança deve ser priorizada

Segundo o Índice Transformação Digital Brasil (ITDBr) da PwC Brasil, em 2024, o cenário da transformação digital nas empresas brasileiras apresentou avanços. Em uma escala de 1 a 6, a pontuação média do índice subiu de 3,3, em 2023, para 3,7, no ano passado. Tecnologias como drones e armazenamento em nuvem são mencionadas, cada vez mais, por líderes e gestores. Entretanto, à medida que as empresas seguem rumo à transformação digital, a cibersegurança exige atenção maior. 

A segurança contra às ameaças à nuvem deve ser prioridade para as empresas em todo o mundo, em 2025. Isso porque a migração para a nuvem, impulsionada pela necessidade de armazenar dados de forma segura, continua a ganhar relevância no meio corporativo, se tornando uma tendência entre as organizações. 

Segundo pesquisa da FGVcia, em 2023, 42% das empresas brasileiras já utilizavam a nuvem para processamento de informações. Esse percentual deve aumentar para 50% até dezembro. Este movimento não apenas facilita o acesso remoto aos dados e sistemas de qualquer dispositivo conectado à internet, como também centraliza arquivos em um ambiente virtual.

Além da segurança contra as ameças à nuvem, a Inteligência Artificial (IA) também deve ser uma tendência para as empresas em 2025, reforçando a necessidade de medidas de cibersegurança para proteger as operações. 

Migração para a nuvem requer segurança

Pesquisa divulgada pelo Fórum Econômico Mundial, realizado pelo ManpowerGroup, mostra que até o final deste ano, 50% das operações de computação de ponta serão baseadas na nuvem. Outras projeções também apontam a migração para a nuvem como uma forte questão tecnológica para o país.

De acordo com a Gartner, o mercado global de nuvem pública crescerá para US$ 1 trilhão até 2025, e o Brasil deve representar 4,5% desse mercado. Esse tipo de tecnologia inclui serviços de computação como servidores, armazenamento, banco de dados, rede e outros sistemas.

Migrar para a nuvem será uma tendência para as empresas do país e poderá trazer benefícios para os processos internos. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) informa que ao adotar essa tecnologia, as empresas podem armazenar informações com maior segurança, aumentando a proteção contra falhas de hardware e erros humanos. 

Entretanto, à medida que mais empresas migram para a nuvem, a cibersegurança se torna importante. A implementação de estratégias de segurança se mostra fundamental para evitar vazamentos de dados e garantir a integridade das informações. 

A recomendação também é válida para empresas que optam pela terceirização de desenvolvimento de sistemas. É preciso assegurar que os fornecedores adotem práticas robustas de cibersegurança com a criptografia de dados, autenticação e monitoramento contínuo de ameaças, por exemplo.

A boa notícia é que os próprios provedores de serviços de nuvem têm aprimorado suas tecnologias e protocolos de segurança para atender às necessidades das empresas e oferecer um ambiente seguro e confiável. Optar por bons provedores e estratégias certas podem ajudar a garantir a cibersegurança corporativa em 2025.

Inteligência Artificial também requer atenção

A pesquisa anual global “Impacto da Tecnologia”, realizada pelo Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) mostra que, para 58% dos respondentes, a Inteligência Artificial (IA) será uma das principais tendências nas organizações.

Dessa forma, será o segundo ano consecutivo que a tecnologia irá liderar a preferência das empresas na corrida por inovação. Mas assim como ocorre com a migração para a nuvem, o avanço da IA também traz pautas importantes sobre a cibersegurança. 

Isso porque, segundo a Microsoft e a OpenAi, os hackers estão empregando IA para aprimorar ataques cibernéticos, desenvolvendo técnicas mais sofisticadas de phishing e malware adaptáveis. Por esse motivo, as organizações precisam estar preparadas para adaptar os processos e adotar um uso dessa tecnologia mais seguro e responsável. 

Assim como pode ser usada pelos cibercriminosos, a IA também pode atuar como aliada das empresas para tornar as operações corporativas mais seguras. A PwC Brasil, em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), relata que a implementação da IA nas tarefas de segurança pode automatizar processos críticos, como a análise de logs e a gestão de alerta, melhorando a eficiência e reduzindo o erro humano. 

Além disso, a IA tem se mostrado eficaz na detecção e resposta a fraudes e ameaças internas. Sistemas de IA podem monitorar comportamentos de usuários e padrões de acesso para identificar atividades suspeitas, minimizando os riscos de invasões.