Um adolescente de 17 anos morreu nesta quarta-feira (1º) com suspeita de envenenamento no conjunto Dom Rufino, em Parnaíba, litoral do Piauí. Outras oito pessoas da mesma família, incluindo quatro crianças, foram hospitalizadas após apresentarem sinais de intoxicação.

Alimentos suspeitos

De acordo com o delegado Renato Pinheiro, a família começou a passar mal após consumir peixe e arroz recebidos na noite anterior, como parte de uma cesta básica. As vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas ao Hospital Regional Dirceu Arcoverde (Heda).

“O Samu foi acionado e encontrou uma das vítimas em convulsão. Após o atendimento inicial, foi identificada a possibilidade de envenenamento. Toda a família apresentava sintomas de intoxicação. Parte do peixe consumido foi apreendida para análise pericial”, explicou o delegado.

O adolescente de 17 anos não resistiu e faleceu ainda na ambulância, segundo o Samu.

Estado de saúde das vítimas

A assessoria de comunicação do Heda informou que, na manhã desta quinta-feira (2), três pessoas continuam internadas: dois adultos e uma criança.

Quem são as vítimas?

Segundo a Polícia Militar do Piauí (PMPI), as vítimas incluem:

  • O adolescente de 17 anos (morto);
  • Duas irmãs do adolescente;
  • O padrasto do adolescente;
  • Uma mulher e seu filho, que também moravam na casa;
  • Três crianças, filhas das irmãs do adolescente.

O dono da casa relatou à polícia que os alimentos foram doados por uma pessoa na noite de terça-feira (31), mas ele não se lembra do nome do doador.

Ligação com caso anterior

A Polícia Civil informou que o adolescente morto é parente de Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7, que morreram em 2024 após ingerirem cajus envenenados. O menino de 2 anos hospitalizado é irmão das vítimas do caso anterior.

Investigação e perícia

O diretor do Instituto de Medicina Legal (IML), Antônio Nunes, informou que amostras do estômago, sangue e urina do adolescente falecido foram coletadas para análise toxicológica. As vítimas internadas também tiveram material coletado para exames.

Além disso, os alimentos consumidos pela família foram apreendidos na residência para determinar se contêm substâncias tóxicas.

“Estamos empenhados em concluir os exames toxicológicos o mais rápido possível”, afirmou Antônio Nunes.

A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer as causas do possível envenenamento e identificar eventuais responsáveis.