Jefferson Santos Serpaacusado do duplo homicídio de Graça Maria de Oliveira e Talita de Oliveira Frizeiro, mãe e filha, foi condenado a 56 anos de reclusão nesta quinta-feira (18). O julgamento foi realizado na sede do Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís.

O réu foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe, cruel e recurso que impossibilitou a defesa de ambas as vítimas. O crime aconteceu em junho de 2022 e na época, Jefferson Santos trabalhava como pedreiro na casa de Graça e Talita.

Na sentença, proferida pelo juiz Francisco de Lima, ele afirma que ‘o crime foi premeditado e que Jefferson preparou instrumentos utilizados para amarrar as vítimas, com tempo suficiente para não se arrepender e praticar o crime’.

Ao todo, foram ouvidas três testemunhas arroladas pela acusação, defesa e o réu foi interrogado. Em depoimento, ele confessor a autoria e afirmou ter sido contratado pelo ex-marido de Graça Maria, Geralde Abade de Souza, recebendo R$ 5 mil pela execução dos crimes.

Segundo o Ministério Público do Maranhão (MP-MA), Geraldo Abade teria contratado Maycon de Souza, que atuou como intermediário, e contratou Jefferson para praticar os crimes.

O juiz destacou ainda que as consequências do crime foram graves, ‘considerando que Talita tinha apenas 27 anos, e portanto, tinha uma vida toda pela frente’.

Jefferson Santos tem antecedentes criminais com um processo julgado na 2ª Vara de Entorpecentes de São Luís. Ele estava preso desde a época do crime e após a sentença, foi levado de volta para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.

Graça Maria tinha 57 anos era aposentada e empresária. Já Talita de Oliveira tinha 27 anos, era engenheira civil e filha única de Graça Maria. As duas moravam sozinhas e Graça, deixou quatro irmãs e um irmão.

O crime

Os corpos da empresária Graça Maria Pereira de Oliveira, de 57 anos, e da filha dela Talita de Oliveira Frizeiro, de 27 anos, que tinha acabado de se formar em Engenharia Civil, foram encontrados na manhã do dia 7 de junho de 2020, no bairro Quintas do Calhau, em São Luís.

Segundo a polícia, parentes e amigos começaram a sentir falta das vítimas ainda na sexta-feira (5), quando ambas deixaram de atender ligações e responder mensagens.

Graça era sócia de uma empresa de locação de contêineres e propriedades no interior. Segundo parentes, a empresária já tinha ganhado na Justiça o direito de metade dos bens.